“Há provas de que a reinfeção [por covid-19] continua a ser um acontecimento raro”, refere o ECDC num relatório sobre o risco de transmissão da SARS-CoV-2 por recuperados ou vacinados contra a covid-19.
A agência europeia precisa que “estudos que acompanharam pessoas durante cinco a sete meses após a recuperação de uma infeção pelo SARS-CoV-2 estimaram que o efeito protetor da infeção anterior é muito elevado durante esse período, entre 81% a 100%”.
Ainda assim, “a proteção contra a reinfeção é menor em indivíduos com 65 anos ou mais”, acrescenta.
O ECDC alerta, porém, que “muitos destes estudos foram realizados antes do aparecimento das variantes preocupantes do SARS-CoV-2”, nomeadamente as que tiveram origem no Reino Unido, no Brasil e na África do Sul.
“À medida que o número de indivíduos que adquirem imunidade natural aumenta, espera-se que o número total de infeções diminua significativamente, levando a uma diminuição geral da transmissão, a menos que as alterações genéticas nas variantes circulantes induzam a uma fuga imunitária significativa”, assinala.
Em nota de imprensa, a diretora do ECDC, Andrea Ammon, diz ser “muito encorajador ver que as reinfecções do SARS-CoV-2 são bastante raras”.
“Embora o efeito das novas variantes nos padrões de transmissão deva ser acompanhado de perto, ainda esperamos que o número total de infeções diminua significativamente à medida que a cobertura vacinal aumenta”, adianta Andrea Ammon.
O estudo é publicado numa altura de ressurgimento de infeções na Europa e de imposição de novas medidas restritivas.
No que toca à campanha de vacinação europeia, 18,2 milhões adultos dos perto de 400 milhões de cidadãos da União Europeia receberam já a segunda dose da vacina contra a covid-19, levando a que só 4,1% da população europeia esteja completamente imunizada, segundo a informação divulgada pela Comissão Europeia na passada quinta-feira.
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