O arroz é um dos acompanhamentos que mais vezes sobra na casa dos portugueses. No entanto, se for deixado muito tempo à temperatura ambiente depois de preparado, várias bactérias presentes neste alimento tendem a multiplicar-se e a produzir toxinas que podem gerar vómitos, diarreias e náuseas, explica a especialista Ana Rita Lopes.
Segundo a Food Standards Agency, estas bactérias podem sobreviver ao processo de cozedura, formando esporos. Os esporos são estruturas que, quando em condições propícias, geram proliferação de microrganismos (Bacillus Cereus).
No entanto, depois de armazenado, se esta proliferação de microrganismos ocorrer, "o processo de reaquecimento (nas utilizações seguintes) não elimina esses microrganismos", alerta Ana Rita Lopes.
Contaminação por Bacillus Cereus
"Os alimentos que se encontram contaminados por Bacillus Cereus podem levar ao desenvolvimento de sintomas como náuseas, vómitos e cansaço. Para além do arroz, as principais fontes de contaminação são a carne, leite e vegetais cozinhados e armazenados a uma temperatura inadequada ou que são reaquecidos em pouco tempo", acrescenta a nutricionista.
Quanto mais tempo o arroz preparado estiver à temperatura ambiente, maior será a probabilidade de as bactérias tornarem o arroz nocivo. Ou seja, uma vez confecionado, este deve arrefecer e ser colocado logo no frigorífico - cerca de uma hora depois - para evitar que as bactérias nele presente se multipliquem e se tornem tóxicas.
Por outro lado, o arroz não deve ficar mais do que um dia no frigorífico e deve ser reaquecido apenas uma vez depois de bem armazenado.
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