"Está a ocorrer uma situação de fraca qualidade do ar no continente, prevendo-se que a mesma se mantenha hoje e terça-feira", um fenómeno que se deve à "intrusão de uma massa de ar proveniente dos desertos do Norte de África", adiantou a DGS.

Segundo a mesma fonte, o efeito deste fenómeno pode ser enfraquecido com a chuva que está prevista para algumas zonas do país, o que permitirá reduzir a concentração de partículas no ar.

Direção-Geral da Saúde recomenda

  • A população em geral deve evitar os esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre e evitar a exposição a fatores de risco, tais como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes.
  • Os seguintes grupos de cidadãos, pela sua maior vulnerabilidade aos efeitos deste fenómeno, para além de cumprirem as recomendações para a população em geral, devem permanecer no interior dos edifícios e, se viável, com as janelas fechadas:
    • Crianças;
    • Idosos;
    • Doentes com problemas respiratórios crónicos, principalmente asma;
    • Doentes do foro cardiovascular.
  • Os doentes crónicos devem manter os tratamentos médicos em curso.
  • Em caso de agravamento de sintomas contactar a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou recorrer a um serviço de saúde.

Estas partículas inaláveis têm "efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, nomeadamente nas crianças e idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados durante a ocorrência destas situações", adiantou ainda a DGS.

Nesse sentido, é recomendado que a população em geral reduza os esforços prolongados, limite a atividade física ao ar livre e evite a exposição a fatores de risco, como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes.

"Os grupos de cidadãos, pela sua maior vulnerabilidade aos efeitos deste fenómeno, para além de cumprirem as recomendações para a população em geral, devem permanecer no interior dos edifícios e, se viável, com as janelas fechadas", avisou a DGS.

Além das crianças e idosos, a DGS aponta como vulneráveis pessoas com problemas respiratórios crónicos, principalmente asma, e doentes do foro cardiovascular, recomendando que, em caso de agravamento de sintomas, devem contactar a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou recorrer a um serviço de saúde.

IPMA também deixa alerta

A presença de poeiras na atmosfera durante o fim de semana, vindas do norte de África, fez-se de forma mais visível na zona sul do território continental. "Também os cidadãos da zona centro que olhassem para o céu virados para sul terão visto à distância o céu de uma cor acinzentada", escreve o IPMA no Facebook.

"A partir desta segunda-feira, 29 de março, todas as previsões apontam para um aumento significativo da concentração de poeiras nos céus de Portugal Continental, inicialmente a sul mas a estender-se a todo o território ao longo do dia. Terça-feira, dia 30 de março, continuarão muito elevadas as concentrações de poeira. Na quarta-feira assistiremos a uma diminuição da concentração e apenas na quinta feira, 1 de abril, se prevê que sejam residuais as poeiras sobre o território", lê-se na publicação.

Céu com cor diferente

Durante estes dias, o céu deverá apresentar uma tonalidade acinzentada, embora a presença de nuvens altas possa tornar menos discernível esse efeito. A luz solar será também afetada, com um efeito de filtração constante, mesmo em períodos de menor nebulosidade.

Estas poeiras estão a chegar a Portugal Continental através da circulação induzida por uma depressão em altitude que afetou o território do arquipélago da Madeira e que se encontra em deslocação na direção do Continente.

"Com a aproximação de depressão teremos alguma instabilidade associada e esperam-se alguns aguaceiros dispersos durante este dia de segunda feira", refere.

Essa precipitação, associada à presença de poeiras em altitude, poderá resultar na deposição de algumas poeiras no solo, no que popularmente se designa por "chuva de lama". Ainda na terça feira, poderá repetir-se este evento na zona norte, onde se espera novamente a ocorrência de alguns aguaceiros, conclui o IPMA na publicação. Com Lusa