Seis pessoas morreram e 37 foram hospitalizadas com diarreias em Namuno, sul da província (afastada dos ataques terroristas), depois de a qualidade da água ter sido afetada por garimpeiros, na sequência da descoberta de um filão de ouro.
“Quando tomámos conhecimento de que havia casos de vítimas mortais devido às diarreias, deslocámos para lá uma equipa que conseguiu trazer 37 doentes para o hospital, dos quais 30 já tiveram alta”, disse na quinta-feira Maria Lázaro, administradora de Namuno, à Rádio Moçambique.
Nas ilhas do Ibo e Matemo, os riscos de segurança devido à proximidade de grupos rebeldes têm impedido as equipas sanitárias de avaliar um surto de cólera que, segundo Magido Sabone, porta-voz do governo provincial, já pode ter provocado 60 mortes nas últimas semanas.
Pelo menos 92 pessoas sofriam de cólera à chegada à Pemba durante o último mês, três das quais morreram, durante a mais recente vaga de deslocados em fuga das zonas de conflito, acrescentou.
Os confrontos entre insurgentes e Forças de Defesa e Segurança (FDS) já mataram em três anos cerca de 2.000 pessoas e provocam uma crise humanitária com 435.000 deslocados, a maioria jovens e crianças, sem casa nem alimentos suficientes.
O conflito tem destruído infraestruturas de saúde na região e impedido o trabalho habitual de equipas de saúde e parceiros internacionais.
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