“As negociações entre os sindicatos médicos e o Governo estão a decorrer e eu acho que tem havido passos muito importantes nessas negociações”, disse Manuel Pizarro.
“Como eu tenho sempre dito, para se chegar a um acordo é preciso que ambas as partes façam o seu caminho e, com franqueza, acho que o Ministério da Saúde e o Governo já fizeram uma boa parte desse caminho”, acrescentou.
O ministro da Saúde, que falava aos jornalistas no Crato, no distrito de Portalegre, à margem da iniciativa “Saúde Aberta”, foi ainda questionado sobre o encerramento do serviço de urgência médico-cirúrgica do hospital de Portalegre entre as 14:00 de quinta-feira e as 08:00 do dia seguinte, devido ao facto de os médicos se recusarem a realizar mais horas extraordinárias além das obrigatórias.
“Nós estamos a procurar organizar os serviços nos hospitais de forma a compensar as dificuldades que acontecem quando um ou outro serviço não está completamente operacional. No caso da Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano, temos sido capazes de assegurar que em pelo menos numa das unidades hospitalares [hospital de Elvas] haja um funcionamento pleno”, disse.
Questionado ainda pelos jornalistas sobre os constrangimentos nas urgências de obstetrícia, Manuel Pizarro explicou que o sistema de rotatividade nas maternidades “só existe” porque o Serviço Nacional de Saúde não possui recursos humanos suficientes.
“Se dependesse da vontade do Ministério da Saúde, elas estavam sempre todas a funcionar”, disse.
Para o governante, alternativa que foi encontrada para fazer face à falta de recursos humanos passa por um sistema rotativo que “garante qualidade, segurança e previsibilidade”.
“Não é a situação desejável, mas dentro das alternativas possíveis é aquela que nos pareceu mais efetiva e a verdade é que desde que esse sistema foi implementado, no final do ano passado, o sistema tem funcionado com qualidade e segurança”, acrescentou.
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