Fonte do Sindepor, que convocou a paralisação, que se estende até sexta-feira e coincide até ao final do dia de hoje com a greve dos médicos, no Hospital S. João, no Porto, há serviços com 100% de adesão, mas a média ronda os 90% a 95%.

No mesmo hospital, das 12 salas operatórias, só três estão a funcionar.

No Hospital Amadora-Sintra a adesão à greve dos enfermeiros é de 80%, o mesmo acontecendo nos hospitais do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

No hospital de Santa Maria, o Sindepor aponta para uma adesão entre os 85% e os 90%.

O sindicato diz ainda que em alguns hospitais menos centrais, como Chaves e Barcelos, a adesão à greve é total.

No primeiro dia da greve, na terça-feira, os dados do Sindepor apontavam para uma adesão global a rondar os 75%.

Os enfermeiros reclamam o descongelamento das progressões de todos os profissionais, independentemente do vínculo ou da tipologia do contrato de trabalho e que sejam definidos os 35 anos de serviço e 57 de idade para o acesso à aposentação destes profissionais.

Exigem ainda que o Governo inclua medidas compensatórias do desgaste, risco e penosidade da profissão, assegurando as compensações resultantes do trabalho por turnos, defina condições de exercício para enfermeiros, enfermeiros especialistas e enfermeiros gestores que determinem a identificação do número de postos de trabalho nos mapas de pessoal e que garanta, no caso dos especialistas, uma quota não inferior a 40%.

O Sindepor exige também que o Governo aplique corretamente a legislação e o pagamento do suplemento remuneratório a todos os enfermeiros especialistas em funções e equipare, sem discriminações, todos os vínculos de trabalho.

Estão decretados serviços mínimos, como sempre nas greves no setor da saúde, que incluem todos os serviços de urgência, cuidados intensivos e outros, como quimioterapia e algumas cirurgias.

A definição dos serviços mínimos na greve dos enfermeiros teve de ser submetida a tribunal arbitral, por desacordo quanto aos serviços a incluir.