Em comunicado, o hospital refere que o dispositivo tem o tamanho de uma cápsula e é implantado de forma minimamente invasiva, substituindo os ‘pacemakers’ (estimuladores cardíacos) tradicionais.
“Até agora, apenas o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (Hospital Santa Cruz) e o Centro Hospitalar Universitário São João (Porto) tinham realizado este tipo de intervenções”, acrescenta.
O dispositivo é indicado para o tratamento de doentes com bloqueio aurículo-ventricular (BAV) de alto-grau, uma condição na qual os sinais elétricos entre as câmaras do coração (as aurículas e os ventrículos) ficam bloqueados.
Desta situação podem resultar, entre outros, síncope ou morte súbita.
Atualmente, os doentes com bloqueio AV são tratados com um ‘pacemaker’, implantado na parte superior do peito, subcutaneamente, a que são ligados pequenos fios elétricos (elétrodos) que são colocados, através das veias, dentro do coração, permitindo, assim, que a ligação elétrica entre as aurículas e os ventrículos seja restabelecida.
“Este novo ‘pacemaker’, o mais pequeno do mundo, não necessita dos elétrodos, sendo colocado diretamente dentro do ventrículo direito, através de um pequeno acesso pela veia femoral direita. Não há, assim, a tradicional cicatriz cirúrgica, sendo ainda reduzidos, de um modo muito significativo, os riscos associados à técnica tradicional, como infeções ou avaria dos elétrodos.
O primeiro procedimento no Hospital de Guimarães ocorreu na quarta-feira e o doente já teve alta.
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