O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) acrescenta, em comunicado, que a taxa de operacionalidade destas viaturas foi no ano passado de 98,2%.
A informação do INEM surge após o Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB) ter confirmado hoje que tem registado “constrangimentos pontuais” nas escalas da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), assegurando, contudo, que não está em causa a resposta à população.
Também o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) tinha manifestado, em maio, preocupação com a dificuldade de efetuar escalas das equipas das VMER, salientando na altura que, em média, “um dia por semana não existe VMER simultaneamente na Guarda, Covilhã e Castelo Branco”.
Na informação divulgada hoje, o INEM afirma que “desde 2011, data de início da integração das VMER nos Serviços de Urgência, tem-se verificado uma evolução muito significativa na operacionalidade destes meios, com uma taxa de operacionalidade sempre acima dos 98% desde 2015, que compara com uma taxa de 93,1% em 2011, sendo os períodos de inoperacionalidade residuais e resultantes, normalmente, de impedimentos imprevistos”.
O INEM reforça ainda que “cerca de metade das VMER registam 0% de inoperacionalidade por falta de tripulação”.
“Embora seja competência dos hospitais garantir a operacionalidade destes meios de emergência médica, designadamente da sua escala de profissionais médicos e de enfermagem, o INEM tem reforçado a formação VMER, com particular destaque para os cursos destinados a médicos”, adianta.
De acordo com o INEM, nos últimos cinco anos foram realizadas 65 ações de formação a nível nacional, tendo sido formados mais de 800 médicos e cerca de duas centenas de enfermeiros, e “só em 2022, o INEM já realizou nove cursos VMER”, em que formou 105 médicos e 18 enfermeiros.
Segundo aquele organismo na dependência do Ministério da Saúde, “estão já calendarizados mais cinco cursos até ao final do ano”.
“Anualmente, os Centros de Formação do INEM realizam vários cursos para reforço dos operacionais VMER, dando prioridade aos profissionais dos hospitais onde se verificam maiores dificuldades em assegurar a escala de serviço. Para tal, devem os hospitais sinalizar junto do INEM os médicos e enfermeiros que irão frequentar a referida formação, de forma a habilitar estes profissionais a tripular as VMER”, refere o comunicado.
O INEM é o organismo do Ministério da Saúde responsável por coordenar o funcionamento em Portugal continental de um Sistema Integrado de Emergência Médica.
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