“A dieta Low FODMAP foi criada em 2005 pela Universidade Monash, para reduzir os sintomas de quem tem a Síndrome do Intestino Irritável e outras doenças associadas. Funciona em 75% das pessoas e é por isso que os médicos a recomendam”. As palavras são de Joana Oliveira, autora de Low FODMAP – O Livro de Receitas Fáceis (edição Nascente).
De acordo com a autora, FODMAP são hidratos de carbono que se encontram nos alimentos e que são muito fermentáveis no nosso intestino sensível. Eles são oligossacarídeos (frutanos e GOS), dissacarídeos (lactose), monossacarídeos (frutose) e polióis (sorbitol e manitol) fermentáveis — em inglês, FODMAP. Em síntese, FODMAP é o acrónimo inglês de Oligossacarídeos, Dissacarídeos, Monossacarídeos e Polióis Fermentáveis, no fundo, hidratos de carbono que são mal absorvidos pelo nosso intestino.
“Desenvolvida para reduzir os sintomas da Síndrome do Intestino Irritável, a lista científica de patologias que beneficiam com esta dieta tem vindo a aumentar: SIBO, refluxo gastroesofágico, cólica infantil, dispepsia funcional, doenças inflamatórias do intestino (em remissão), incontinência fecal, endometriose, fibromialgia, etc.”, lemos na apresentação do novo livro de Joana Oliveira.
Na obra, a autora traça-nos a sua própria história: “Em abril de 2013 tive uma intoxicação alimentar, e seis meses depois continuava com muitos problemas digestivos e sem solução à vista. Comecei então a dieta Low FODMAP e vi resultados numa semana. Foi quando decidi criar o blogue My Gut Feeling para poder ajudar todos os que passaram e ainda passam pelo mesmo que eu! Somos 10% da população a sofrer da Síndrome do Intestino Irritável e muitos mais de outras patologias associadas”.
“Na fase 1 da dieta Low FODMAP substituem-se os alimentos com alto teor de FODMAP por opções com menos FODMAP. Esta etapa não deve durar mais do que um mês e meio (...) Após seis semanas na fase 1, e com a maioria dos sintomas controlados, avançamos para fase 2, de reintrodução, a mais desafiante e que dura geralmente três meses. Nesta fase testamos cada grupo individualmente (frutanos, GOS, lactose, frutose, manitol e sorbitol) para identificar os gatilhos individuais e a dose segura. Por fim, passamos à fase 3, de personalização, que nos vai acompanhar a longo prazo. Neste momento já temos uma noção clara dos alimentos que conseguimos ou não digerir sem problemas e a quantidade tolerada de cada um”, podemos ler na introdução ao livro.
“No final deste processo teremos uma versão simplificada da dieta Low FODMAP. Embora seja difícil voltar a comer tudo como antes, a alimentação será muito menos restritiva do que na primeira fase. Teremos os sintomas e a doença sob controlo e consequentemente mais qualidade de vida!”, conclui a autora.
O presente livro surgiu, de acordo com Joana Oliveira, “da vontade de simplificar a vida de todos os que seguem esta dieta há mais tempo e que necessitam de diversificar os seus menus, com opções simples e económicas”. A obra apresenta dezenas de receitas com baixo teor de FODMAP, sem glúten e sem lactose, agrupadas por forma de confeção: no liquidificador, na frigideira, no mesmo tacho, no micro-ondas, na air fryer.
O livro inclui 11 testes de reintrodução dos FODMAP com doses e receitas-teste, e um guia prático para preparar refeições, com dicas úteis para poupar tempo e dinheiro.
Ovos rotos saudáveis
Lasanha na frigideira
Gratinado de camarão com espinafres
Um prato de camarão que vai ao forno. Uma receita a partir do livro de Joana Oliveira "Low Fodmap - O Livro de Receitas Fáceis".
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