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Entrevista a Jorge Gabriel, que sofreu de um cancro de pele
Foi no banho que Jorge Gabriel, o conhecido apresentador da RTP, se apercebeu de um sinal diferente. Após a extração veio a saber que era melanoma, o cancro de pele mais letal. Após esta experiência alerta todas as pessoas para terem cuidado com o sol, porque não acontece só aos outros.
Quando é que se apercebeu de que havia um sinal com menos bom aspeto?
Há sensivelmente dois anos quando me secava após tomar banho. A cor do sinal tinha perdido consistência, estava esbatida e muito ligeiramente maior.
Na altura, o que fez? Como decorreu todo o processo desde que se apercebe do sinal até chegar ao médico e fazer exames?
Sabia que nessa semana um dermatologista, o Dr. Osvaldo Correia, iria estar no programa na sequência de uma série de conselhos que estávamos a divulgar semanalmente. Terminada a entrevista pedi-lhe que observasse o sinal, e num primeiro diagnóstico, pareceu-lhe sem importância. Pediu-me, no entanto, que fosse ao consultório para poder fazer uma observação mais zelosa. Assim o fiz, e mantendo a ideia inicial reiterou que acha improvável que fosse algo complicado. De qualquer modo aconselhou-me que fizesse uma pequena extração para ficarmos descansados.
Quanto tempo levou para receber o diagnóstico?
Uma semana depois chegou o resultado e felizmente no início do processo.
O que se sente enquanto se espera pelo diagnóstico? E depois quando se sabe que é mesmo um melanoma?
Sendo completamente honesto, não me deixei tomar por pensamentos negativos. Estava devidamente acompanhado e aguardei serenamente pela resposta. Assim que o Dr. Osvaldo Correia me telefonou para repartir o relatório nunca houve a ideia de que estaríamos face a um caso complicado. Melanoma é apenas um palavrão que no meu caso era ínfimo. Tudo tranquilo.
Extraiu o sinal. Qual foi o prognóstico?
Éramos para adiar a extração do sinal após as minhas férias de verão, mas acabámos por decidir fazê-lo de imediato. Assumimos a máxima, "não deixes para amanhã o que podes fazer hoje".
Contou à família, amigos e colegas de trabalho? Como reagiram?
A família acompanhou todo o processo e provavelmente mais conscientes dos riscos que podia estar a correr tentavam esconder a preocupação, que eu topava a milhas, mas descontraidamente relevava.
Depois desta experiência houve alguma coisa que mudou na sua vida?
Os cuidados com o sol são levados ainda com maior rigor em toda a família e estou sempre disponível para partilhar a minha experiência em público para tentar evitar que suceda com os meus semelhantes.
Que mensagem gostaria de deixar aos nossos leitores?
O sol pode ser o nosso maior aliado e simultaneamente o nosso maior perigo. Apenas temos de lidar com inteligência com ele. E atenção, todo o cuidado é pouco. Ninguém está imune. Garanto.
Por Maria João Ramires
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