A vice-presidente da Tanzânia, Samia Suluhu Hassan, anunciou na quarta-feira que o Presidente Magufuli, de 61 anos, faleceu por problemas cardíacos que sofria há uma década.
À frente do país desde 2015 e reeleito para um segundo mandato em outubro, o Presidente não aparecia em público desde 27 de fevereiro. A ausência alimentou os boatos de que havia testado positivo para a COVID-19.
Tindu Lissu, candidato à presidência nas eleições de outubro e atualmente no exílio na Bélgica, já tinha afirmado que o Presidente estava num hospital de Nairóbi, a capital do Quénia, em estado grave por causa do novo coronavírus.
Mas o governo tanzaniano sempre negou qualquer problema de saúde.
"Magufuli morreu de corona", como o vírus é chamado no leste da África, disse Tindu Lissu numa entrevista ao canal de televisão queniano KTN, gravada na quarta-feira e exibida esta quinta-feira.
"Magufuli não morreu esta noite. Tenho informações, basicamente das mesmas fontes que me disseram que estava gravemente doente, que Magufuli está morto desde quarta-feira da semana passada", afirmou.
"Isto é justiça poética. O presidente Magufuli desafiou o mundo na luta contra o corona (...) Desafiou a ciência. Negou-se a adotar as precauções básicas que são recomendadas às pessoas de todo o mudo contra o coronavírus", afirmou.
Durante o último ano, John Magufuli tentou minimizar o impacto da pandemia de coronavírus na Tanzânia e chegou a afirmar que o país estava "livre" da COVID-19.
A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.671.720 mortos no mundo, resultantes de mais de 120,6 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.722 pessoas dos 815.570 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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