O sol, as férias e o tempo livre fazem do verão uma época de relaxamento e libertação. "Os dias são maiores, fazendo com que tenhamos mais horas para nos dedicarmos a nós próprios e aos momentos de ócio. Inclusivamente nas relações pessoais, parece que o calor, menos roupa e o ambiente relaxado estimulam o desejo sexual", explica a médica ginecologista Teresa Bombas.
Vários estudos associam o aumento dos níveis de vitamina D, gerados pela exposição solar nos meses de verão, ao aumento dos níveis de testosterona, hormona associada diretamente ao desejo sexual tanto nos homens como nas mulheres, indica uma investigação da Escola Médica da Universidade de Kafkas na Turquia.
Após estudar 2.299 voluntários, ficou demonstrado que os indivíduos que tinham elevadas quantidades de vitamina D apresentavam também um nível mais elevado de testosterona no sangue, o que se pareceu traduzir num aumento da libido, conclui um outro estudo da Universidade Médica de Graz, na Áustria.
"É por isso que, precisamente nesta época, não devemos esquecer a importância da utilização dos contracetivos para a prevenção de gravidezes não desejadas", comenta a médica.
Segundo dados do último Inquérito sobre a Contraceção em Portugal desenvolvido pela Sociedade Portuguesa da Contracepção (SPDC) e pela Sociedade Portuguesa de Ginecologia, em 2015, 94,1% das portuguesas em idade fértil utilizavam algum tipo de método contracetivo.
No entanto, Teresa Bombas, médica especialista em ginecologia e obstetrícia e presidente da SPDC, alerta que "a utilização inconsistente dos métodos contracetivos é arriscada e deve ser evitada. Os casais têm a ideia de que se encontram protegidos, mas é uma falsa perceção, e a possibilidade de uma gravidez não desejada, essa sim, é muito real".
"É por isso, essencial alertar que só um uso correto e regular de contraceção permite reduzir o risco de falha do método. E, consciencializar que, caso haja uma falha, existe ainda a possibilidade de fazer contraceção de emergência, para evitar uma gravidez não desejada", refere.
"A pílula de emergência, que pode ser adquirida de forma simples e sem receita na farmácia, deve ser tomada o mais rapidamente possível após uma relação sexual não protegida ou uma falha no método contracetivo utilizado", refere a médica em nota de imprensa.
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