Segundo a OMS, o número de casos de sarampo declarados no mundo aumentou 79% em 2023, para mais de 306 mil casos, face a 2022.

O ressurgimento do sarampo, uma doença contagiosa de origem viral e que pode ser fatal, é atribuído à baixa cobertura vacinal durante a pandemia da covid-19.

O número de países com surtos de alto risco, com uma incidência superior a 20 casos por cada milhão de habitantes, aumentou de 32 em 2022 para 51 em 2023, de acordo com a agência da ONU.

Uma vez que em muitas situações as infeções e mortes não são notificadas ou não são associadas ao sarampo, a OMS estima que, na realidade, houve 9,2 milhões de contágios e mais de 136 mil mortes em 2022 (o que representa neste último caso um aumento de 43% de óbitos face a 2021).

Segundo a OMS, 92% das crianças que morrem de sarampo correspondem a 24% da população mundial, a maioria de países mais pobres.

A OMS salienta que a prevenção do sarampo a nível mundial implica que 95% das crianças recebam duas doses da vacina.

Contudo, a cobertura vacinal no mundo situa-se nos 83% e não regressou aos 86% de 2019, ano em que foi detetado na China o coronavírus que causa a doença respiratória pandémica covid-19.