O Hospital de Braga é o único em Portugal a conquistar classificação máxima em oito áreas clínicas e o de Vila Franca de Xira (ambos geridos pelo Grupo José de Mello Saúde) fica em terceiro na avaliação da Entidade Reguladora da Saúde (ERS). A Parceria Público-Privada (PPP) de Cascais é a segunda melhor da avaliação promovida pelo regulador.
O Sistema Nacional de Avaliação em Saúde (SINAS), que mede a qualidade, foi criado pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS) e este ano analisou informação de 159 hospitais dos setores público (87), privado (47) e social (25), mas apenas 124 (78%) tiveram avaliação da dimensão da Excelência Clínica, dos quais 112 (90%) conseguiram a atribuição da “estrela” correspondente ao primeiro nível de avaliação, referem os dados da ERS.
Este é o segundo ano consecutivo em que o Grupo José de Mello garante duas das unidades que gere no top três, estabelecendo-se o Hospital de Braga uma vez mais como líder da excelência clínica em Portugal.
Aquela unidade consegue a classificação máxima nas áreas de Cardiologia, Obstetrícia-Partos e Cuidados Pré Natais e Unidade de Cuidados Intensivos, Neurologia AVC, Cirurgia de Ambulatório, Ortopedia - Cirurgia da Fratura Proximal do Fémur, Pediatria - Cuidados Neonatais e Tromboembolismo Venoso no Internamento.
O único do país
O Hospital de Braga é o único do país a alcançar três estrelas na área da Cardiologia. Em 2016, as doenças do aparelho circulatório, onde se inclui o Acidente Vascular Cerebral (AVC) e o enfarte agudo do miocárdio, foram a principal causa de morte em Portugal.
Nesta avaliação foram tidos em conta os episódios de internamento com alta entre 1 de julho de 2016 e 30 de junho do ano passado
"Dos 159 estabelecimentos actualmente abrangidos pelo SINAS@Hospitais – que representam praticamente todo o universo de prestadores de natureza hospitalar –, 124 (78%) participaram na avaliação da dimensão da excelência clínica", explica a ERS.
Estes são resultados que uma vez mais deverão dar argumentos ao governo de António Costa contra uma das reivindicações mais antigas do PCP e Bloco de Esquerda (BE), que têm insistido no fim de todas as PPP.
Dez hospitais não obtiveram “estrela” por não terem fornecido os elementos necessários para a avaliação, um ainda está a iniciar a avaliação e noutro estabelecimento de saúde não foi possível aferir o cumprimento com os parâmetros de qualidade exigidos.
Os dados divulgados nesta terça-feira dizem respeito apenas à dimensão de "excelência clínica", que avalia vários indicadores nas áreas de angiologia e cirurgia vascular, cardiologia, cirurgia de ambulatório, cirurgia cardíaca, cirurgia geral, cuidados intensivos, cuidados transversais, ginecologia, neurologia, obstetrícia, ortopedia e pediatria.
Ao longo dos anos, a ERS verificou um “aumento gradual” do desempenho médio em alguns dos indicadores avaliados, alguns dos quais a atingirem 90% e 100% em diferentes áreas como a Ortopedia, Ginecologia, Cirurgia do Cólon, Cirurgia de Revascularização do Miocárdio, Cirurgia Cardíaca, Cirurgia de Ambulatório, Enfarte Agudo do Miocárdio, AVC, Obstetrícia, Cuidados Intensivos e Avaliação da Dor.
A ERS ressalva que a metodologia utilizada no SINAS é diferente de um ranking, onde os prestadores surgiriam listados por ordem decrescente de desempenho, não sendo adequadas qualificações do tipo “melhor hospital” atribuídas individualmente aos prestadores, mas sim a consideração da integração dos prestadores em grupos de hospitais que obtiveram as melhores avaliações, em cada uma das áreas.
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