“A investigação teve por objeto a averiguação da intervenção de dois médicos que, enquanto autoridades de saúde (delegados de saúde), terão emitido e entregue a agentes funerários várias dezenas de certificados de óbito e respetivas guias de transporte de cadáveres, sem praticarem os atos médicos que lhes competia legalmente e mediante contrapartida financeira”, explica a PJ, em comunicado.

Esta força de investigação criminal acrescenta que, no âmbito da ‘Operação Rigor Mortis’, realizou 29 buscas domiciliárias e não domiciliárias em “várias localidades do município de Bragança” e deteve nove pessoas, seis homens e três mulheres, com idades entre os 38 e os 67 anos.

“A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal de Vila Real, com a colaboração da Diretoria do Norte [da PJ], em inquérito dirigido pelo Ministério Público – DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] do Porto, desencadeou uma ação policial no dia de ontem [segunda-feira], em várias localidades do município de Bragança”, lê-se no comunicado.

Os detidos, dois médicos e sete agentes funerários, vão ser presentes a um juiz de instrução criminal para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação.

Os arguidos estão indiciados crimes de recebimento indevido de vantagem, de corrupção, de falsificação de documento e de falsidade informática.