“Numa altura em que a despesa pública com a saúde tem vindo a aumentar, com implicações também nos custos para os utentes, especialmente aqueles que sofrem com doenças crónicas, é importante destacar que, de acordo com os relatórios de monitorização do mercado do Infarmed”, o preço médio dos medicamentos genéricos diminuiu 66% nos últimos 17 anos, refere a Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos e Biossimilares (APOGEN), no dia que o SNS assinala o 44.º aniversário do Serviço Nacional de Saúde.
A APOGEN sublinha, em comunicado, que “isto significa que houve uma diminuição significativa no valor final a desembolsar pelas famílias portuguesas de cada vez que optam por estes medicamentos mais custo-efetivos”.
No Dia do Serviço Nacional de Saúde, a associação representativa da indústria farmacêutica de medicamentos genéricos e biossimilares, presidida por Maria do Carmo Neves, reforça que “os medicamentos genéricos e biossimilares são soluções terapêuticas fundamentais que promovem o acesso e o direito de proteção à saúde, a prevenção da doença e a sustentabilidade do SNS, através do maior custo-benefício por cada euro investido”.
A associação afirma que, “perante as dificuldades atuais relatadas no SNS”, quer continuar “a potenciar as melhores soluções com a comunidade de saúde”.
“Só assim será possível contribuir para uma gestão mais eficiente dos recursos com a redução da despesa e libertação de financiamento que pode ser realocado no investimento de novos medicamentos inovadores – no que se designa o círculo virtuoso da sustentabilidade -, assim como na contratação de mais profissionais, resultando em ganhos na saúde e na coesão social, especialmente num período tão crítico para o SNS como aquele em que vivemos”, salienta Maria do Carmo Neves no comunicado.
Para a associação, os dados, com base na informação disponível no site do Infarmed, “mostram claramente a relevância dos medicamentos genéricos e biossimilares”, assim como o contributo no acesso a soluções terapêuticas seguras, eficazes e a preços comportáveis, particularmente num contexto de aumento da prevalência de doenças crónicas, envelhecimento da população e perda de poder de compra”.
A opção pelos medicamentos genéricos permite uma maior acessibilidade ao tratamento. Até ao dia de hoje, em 2023, já foram libertados mais de 359 milhões de euros com a dispensa de medicamentos genéricos em ambulatório, segundo o contador ‘online’ no site da APOGEN.
Apesar do contributo destes fármacos na sustentabilidade do SNS, a presidente da APOGEN reforça que “a continuidade na criação de economias substanciais no sistema de saúde e no equilíbrio dos gastos atuais para o Estado e para as famílias portuguesas está dependente da sustentabilidade do setor nacional de medicamentos genéricos e biossimilares que continua a enfrentar desafios diários para proporcionar a viabilidade de diversos produtos no mercado”.
“Assim, é fundamental garantir condições de previsibilidade e rever várias políticas, de modo a assegurar a competitividade e a atratividade deste setor que investiga, desenvolve, produz e comercializa medicamentos genéricos e biossimilares”, salienta.
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