Segundo o Infarmed, os produtos analisados foram colhidos em fevereiro deste ano “em diversos pontos da cadeia de distribuição, nomeadamente, distribuidores e locais de venda ao público como farmácias e supermercados”.

Foram analisados produtos com diferentes fatores de proteção solar: 13 produtos com Fator de Proteção Solar 50+, seis produtos com fator 30 e um produto com fator 50.

“Do ponto de vista laboratorial, os 20 produtos analisados apresentaram um Fator de Proteção Solar correspondente à categoria declarada no rótulo”, cumprindo igualmente tanto os parâmetros relativos à qualidade microbiológica como do ponto de vista da rotulagem.

“Na apreciação, houve um especial enfoque na lista de ingredientes, de forma a responder às preocupações de segurança a respeito de determinadas substâncias que se destinam a ser usadas em produtos cosméticos, tais como filtros para radiações ultravioletas”, explica o Infarmed.

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde lembra no relatório desta avaliação que estudos científicos “sugerem que o uso dos protetores solares pode prevenir as lesões ligadas ao fotoenvelhecimento e proteger contra a fotoimunossupressão induzida” e “demonstram que a utilização de protetores solares pode prevenir alguns tipos de carcinoma da pele”.

O Infarmed explica que “a investigação científica indica que a exposição excessiva à radiação UVB, assim como à radiação UVA, tem impacto no sistema imunitário”, e sublinha que mesmo os protetores solares muito eficazes e que protegem das radiações UVB e UVA “não podem garantir proteção completa contra os riscos da exposição à radiação ultravioleta (UV), já que nenhum protetor solar consegue filtrar na totalidade a radiação UV”.

O número de lesões na pele continua a aumentar em Portugal e, na campanha do ano passado do Dia do Euromelanoma, mais de 1.300 pessoas foram rastreadas e foram detetados 6% de cancros de pele e 15% de lesões pré-cancro de pele.

A Associação Portuguesa de Cancro Cutâneo (APCC) estima que este ano sejam diagnosticados mais de 13.000 novos casos de cancro da pele e que mais de 1.000 sejam novos casos de melanoma (o mas perigoso).

Além do uso de proteção solar, a APCC recomenda que se evite a exposição entre as 12:00 e as 16:00.