Os meses que antecedem o verão, os que se sucedem ao regresso de férias e os períodos depois das festas natalícias são pródigos em dietas. Depois de excessos e abusos, são muitas as pessoas que pretendem perder peso, muitas vezes de forma muito rápida. Nestas alturas, também são muitas as informações que os diferentes órgãos de comunicação veiculam. Apresentamos-lhe, de seguida, cinco que deve ter em conta.
1. Fazer jejum não facilita a perda de peso
Um estudo realizado por investigadores das universidades do l'Illinois, de Alabama, de Stanford e do Pennington Biomedical Research Centre de Luisiana, nos EUA, divulgado pela publicação especializada JAMA Internal Medicine, condena esta prática. De acordo com os especialistas, em vez de começar o dia sem comer, o ideal é fazer um pequeno-almoço leve e pouco calórico, com fruta, iogurte e sumos naturais.
2. Associar uma dieta hipocalórica a um treino de força intenso resulta
É uma das regras de ouro a seguir. Associando uma dieta baixa em calorias a um regime de treino de força intenso (por curtos períodos de tempo) e intervalado, conseguirá acelerar o seu metabolismo e a perda de gordura. Embora para perder massa gorda seja necessário que a relação entre as calorias consumidas e a quantidade de energia queimada seja negativa, o gasto calórico não deve ser a sua prioridade quando treina.
Procure, antes, fazer exercícios que trabalhem em simultâneo a força e a resistência, pois este tipo de treino é mais sustentável a longo prazo e produz resultados mais benéficos para a sua saúde.
3. Recorrer ao frio para emagrecer pode ser perigoso
Apesar de estar em voga, a criolipólise, um tratamento que elimina gordura localizada através das baixas temperaturas, tem levantado dúvidas junto da comunidade médica internacional. Em França, a Anses, a autoridade nacional local que monitoriza o setor, já veio a público alertar para os perigos deste método de reduzir volume. Apesar de ser menos invasiva que a lipossucção, pode provocar queimaduras e até necroses.
4. Descurar o exercício físico nunca é opção
Há que dar valor aos gestos e aos movimentos. Apenas podemos afetar o mundo à nossa volta através do suor e do movimento, porque tudo o que fazemos envolve a contração de músculos.
De acordo com o neurocientista britânico Daniel Wolpert, o cérebro evoluiu para nos ajudar a controlar e a planear os movimentos de que necessitamos para viver, minimizando assim as potenciais consequências negativas dos mesmos. É por isso que o estilo de vida sedentário pode acarretar problemas de saúde no longo prazo, já que é contraditório à biologia humana.
5. Não se aceitar como é pode estar na origem de uma obsessão
Não queira perder tudo de uma vez e, se não conseguir atingir a meta a que se propôs, não desanime. Eve Ensler, autora e ativista norte-americana, admitiu numa conferência sobre o corpo feminino que, quando fez 40 anos, começou a odiar a sua barriga porque simbolizava a sua incapacidade em manter uma imagem socialmente aceitável de beleza.
Esta especialista ficou de tal modo obcecada com esta parte do seu corpo que acabou por escrever uma das peças de teatro mais populares do final do século XX, "Os monólogos da vagina". Desde então, a autora conseguiu levar os problemas que as mulheres atravessam com os seus corpos a mais de 140 países, incluindo Portugal.
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