São muitos os mitos que envolvem a congelação. No entanto, optar por comprar géneros alimentícios congelados para além de garantir maior quantidade de nutrientes pode, também, ser uma forma de poupança. Dado o stresse do dia a dia, sabemos que, cada vez menos, é possível uma ida diária às compras para adquirir legumes e peixe fresco. Desta forma, são estes os alimentos que deverão ser comprados congelados, garantindo, assim, que haja sempre em casa peixe e legumes, mesmo quando não há tempo de ir ao supermercado.
Recentemente, a Associação Portuguesa de Dietistas realizou um estudo a 200 mães residentes nas áreas de Lisboa e do Porto e percebeu que 97 por cento delas opta por vegetais frescos, enquanto apenas 37 por cento compra congelados. «Este é um fator que tem por base uma série de mitos. A maioria associa artificialidade ao alimento congelado, quando no fundo este acaba por conservar maior quantidade de nutrientes se congelado poucas horas após a colheita», garante Zélia Santos, presidente da Associação Portuguesa de Dietistas.
Segundo a especialista, optar por vegetais e peixe congelados não só é uma opção mais prática como facilita a oferta e a variabilidade de nutrientes a toda a família de acordo com as necessidades nutricionais e dietéticas. «É também uma boa forma de se evitarem desperdícios, pois duram muito mais tempo, podendo ser consumidos em dias diferentes sem nunca perderem micronutrientes, como as suas vitaminas e sais minerais», acrescenta.
Esta especialista alerta ainda para o facto de o tempo entre a aquisição de alimentos congelados no supermercado e a sua conservação em casa dever ser o mais curto possível, uma precaução que nem toda a gente tem. «Após a compra, os alimentos congelados devem ser transportados em saco térmico até casa e serem os primeiros alimentos a serem arrumados no congelador. Devem ser respeitadas as indicações e regras de descongelação mencionadas na embalagem», conclui.
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