Dieta é um estilo de vida que inclui a dieta alimentar, a dieta emocional, a dieta física… no fundo, as escolhas que fazemos e que nos fazem sentido para a nossa vida/objetivo em determinado momento. Se faz exercício três vezes por semana, esta é a sua dieta física; se escolhe criteriosamente os meus amigos e só passa férias com determinado grupo, esta é a sua dieta social; se escolhe comer consoante as estações do ano e o seu estado de saúde, esta é a sua dieta alimentar.
Dieta não implica sacrifício, implica escolhas. A nossa forma de estar e viver, a nossa forma de pensar. Todos somos diferentes, por isso, não há a dieta ideal para todos. Dieta significa escolher o que melhor se adequa ao nosso propósito, ao nosso estilo de vida, ao nosso corpo e às nossas necessidades. Se formos transparentes e sinceros connosco próprios a nuvem negra em torno de dieta desaparece. Isto, pois assumimos uma escolha, um caminho que nos faz sentido e que promove a nossa saúde.
A dieta ideal define-se como a nossa escolha alimentar/física/social/emocional para conseguirmos cumprir os nossos sonhos e objetivos de vida, tendo mais saúde para a viver da melhor forma possível. E, assim sendo, a dieta pode (e deve) mudar ao longo do tempo: se hoje quero estar mais focado devo alimentar-me para isso, mas se amanhã preciso de relaxar e aproveitar o fim de semana, as minhas escolhas serão, consequentemente, diferentes. Uma simbiose entre o que queremos e o que precisamos, é nisto que acredito.
Existem, claro, indicações base para um estilo de vida equilibrado, designadamente:
1. Coma o que realmente precisa. Apenas 20 minutos depois de termos terminado a refeição conseguimos ter a sensação plena de satisfação, por isso não coma até se sentir cheio. O estômago deve ficar a 80% da sua capacidade.
2. Mastigue 30 vezes cada dentada ou garfada (só volte a colocar comida na boca quando já tiver engolido a garfada anterior. Aproveite e pouse os talheres enquanto mastiga, o processo será mais lento desta forma.
3. Respeite as estações do ano. Desta forma o seu corpo estará mais recetivo ao alimento que recebe. No Inverno precisamos de alimentos que nos aumentem a temperatura e nos aconcheguem, já no verão o nosso corpo funcionará com mais energia se ingerirmos alimentos mais frescos e com maior concentração de água, para nos hidratarmos.
4. Evite os alimentos processados. Já foram alimentos um dia, mas depois de serem industrializados e modificados acabam por perder as suas propriedades e mais-valias nutricionais. Saboreie o sabor autêntico de cada alimento e não o sabor da sua transformação química, vai (re)descobrir muitos sabores.
5. Coma legumes a todas as refeições. O prato deve ser composto (em volume) por cerca de 40% de legumes, 20% de hidratos de carbono (cereais integrais) e 30% de proteína (leguminosas/oco/peixe – preferencialmente) e 10% para outros (pickles, condimentos, entre outros).
6. Leia o rótulo de cada alimento que compra, desde a lista de ingredientes à sua proveniência e tabela nutricional. Os alimentos idealmente não devem ter rótulo, mas é importante privilegiar alimentos que têm até cinco ingredientes na sua composição. O primeiro alimento referido na lista é o que existe em maior quantidade e, legalmente, não é obrigatório conter todos os componentes. Se tiver alguma palavra que desconhece, o melhor é deixá-lo na prateleira (atenção às “oses” sinónimo de açúcar, aos E, aos melhorantes que só existem para disfarçar os sabores).
7. Ouça o seu corpo e como reage a cada alimento ou dieta que lhe propõe. Analise como reage/sente se limitar os hidratos de carbono e promove a proteína animal; compare quando ingere muitos lacticínios ou mesmo o que sente quando ingere açúcar ao longo do dia.
8. Não replique a dieta de outra pessoa. Não há ninguém igual a si, por isso, a sua alimentação deve ser adaptada às suas necessidades e exigências. Escute o teu corpo, questione, teste e pesquise fontes de informação fidedignas e comprovadas!
Portanto, ter consciência do nosso corpo, das nossas emoções, dos nossos objetivos e das nossas necessidades é a base para definir a nossa dieta. No fim do dia, o mais importante é saber o que precisamos de ingerir para alcançar o que é realmente importante: o sorriso, o sonho e o sentimento de missão cumprida, seja ela qual for. Concorda?
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