Os rins e o coração são dois dos mais importates órgãos humanos. Muitas pessoas não têm noção da relação que existe entre um e outro mas ela é real e efetiva. "No doente diabético, que apresenta fatores de risco para doenças cardiovasculares e renais, uma vez que ter diabetes aumenta a probabilidade de desenvolver alguns destes problemas, esta relação é ainda mais importante", sublinha mesmo um artigo do Diabetes 365º, um projeto informativo multiplataforma que pretende esclarecer e auxiliar os portugueses.

"Os rins filtram, reabsorvem e ajudam a excretar um conjunto de substâncias que, de outra maneira, não poderiam ou não deveriam estar em circulação. Uma dessas substâncias é o sódio. Todos consumimos sódio na nossa alimentação. O sal é rico em sódio, um elemento essencial para manter os níveis de pressão arterial, que permitem que o sangue se espalhe por todo o corpo", esclarece o Diabetes 365º. Num indivíduo saudável, os rins regulam convenientemente a pressão arterial, segregando renina.

A diabetes também afeta os rins. Saiba qual é o verdadeiro impacto desta doença na saúde renal
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Esta substância atua sobre uma outra que já se encontra em circulação, chamada angiotensinogénio, transformando-o em angiotensina I. Essa enzima, por sua vez, atrai outra, a conversora da angiotensina (ECA). Transforma-a depois em angiotensina II, favorecendo a constrição das arteríolas. Ao chegar ao rim, a angiotensina II comunica-lhe que este deve produzir uma nova substância, a aldosterona. Será ela a transmitir ao organismo que deve reter no corpo mais sódio daquele que tem naquele momento em circulação. Devido à vasoconstrição e ao aumento do sódio, aumenta, assim, a pressão arterial, normalizando-a.

As doenças cardiovasculares são mais prevalentes nos doentes diabéticos, sendo a hipertensão arterial uma das mais preocupantes. "O problema agrava-se quando o sistema de filtração dos rins fica comprometido. A doença renal diabética pode culminar numa insuficiência renal. Nos casos em que o rim deixa de ser capaz de realizar a sua função de purificação, é necessário recorrer a terapêuticas de substituição renal como a hemodiálise, a diálise peritoneal ou até mesmo o transplante", alerta o Diabetes 365º.