Segundo a American Diabetes Association, uma das principais associações de diabéticos norte-americanas, não existem evidências científicas que demonstrem que as pessoas com diabetes tenham uma probabilidade de contrair COVID-19 superior à da restante população. "Ao nível das consequências da infeção, quem sofre de diabetes tem taxas muito mais elevadas de complicações sérias e de morte do que quem não tem esta doença", adverte, no entanto, um artigo do projeto multiplataforma Diabetes 365º.

"De modo geral, acredita-se que, quanto mais problemas de saúde uma pessoa tem, como, por exemplo, diabetes e doença cardíaca, maior a probabilidade de complicações sérias associadas à COVID-19. Os mais velhos também têm um risco acrescido de complicações. Porém, este risco será menor se a diabetes for bem gerida, minimizando a oscilação dos níveis de glicemia", esclarece o projeto de literacia de saúde que, com o apoio de especialistas, pretende ajudar os portugueses a viver melhor com esta doença.

Os diabéticos são mais vulneráveis a complicações graves se forem infetados pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, pelo que, em caso de infeção, há, pelo menos, cinco cuidados que não podem, de todo, menosprezar:

1. Continuar a tomar a medicação para a diabetes. Mesmo com os valores de glicemia dentro do desejado, nunca deve deixar de o fazer. O tratamento com insulina também nunca deve ser interrompido.

2. Verificar os níveis de glicemia a cada quatro horas.

3. Monitorizar os níveis de cetona, sempre que considerar oportuno e necessário.

4. Beber mais líquidos e, idealmente, bebidas sem açúcar, como a água, os chás e as infusões. Deve ingerir entre 120 a 180 mililitros a cada 30 minutos para evitar a desidratação. Deve também procurar alimentar-se normalmente.

5. Verificar a temperatura diariamente, de manhã e à noite.