Há um velho princípio em finanças que ensina que o dinheiro disponível hoje vale mais do que amanhã, também conhecido como princípio do valor temporal do dinheiro. Com mais ou menos aceleração, o fenómeno da subida dos preços é contínuo e por isso deve proteger-se da inflação, para manter as suas finanças equilibradas.

Do supermercado ao crédito no banco, conheça três dicas simples para que possa racionar os seus gastos e combater os efeitos da inflação.

Planeie as suas compras

Para começar a poupar, reveja as suas contas mensais e veja onde pode cortar, seja porque se trata de encargos desnecessários ou porque está a pagar demasiado por eles. A poupança tem tudo a ver com organização e planeamento.

Um bom exemplo são as contas do supermercado. Para poupar, pode começar por definir que alimentos e produtos precisa para uma semana, tendo em consideração o que tem na dispensa. Assim, evita ceder a compras por impulso, poupando um valor significativo por semana, por mês e ainda mais por ano.

Além disso, pode optar por marcas brancas. Muitos supermercados oferecem marcas brancas com qualidade semelhante às marcas conhecidas. A diferença de preço pode ser significativa.

Paralelamente, deve ainda ter em conta as promoções. Compare preços entre supermercados, e entre o antes e depois da promoção, para não se deixar levar por estratégias de marketing.

Reveja os pacotes contratados

Com o aumento da inflação, é natural que certos serviços tenham ficado mais caros. No entanto, existem formas de poupar através da revisão de encargos como contas bancárias, telecomunicações, energia e seguros.

Por exemplo, os pacotes de telecomunicações oferecem margem de negociação. Se paga 75 euros por mês por um serviço de TV, Internet, Telefone e 1 cartão de telemóvel, pode encontrar ofertas semelhantes por 50 euros. Assim, poupa 25 euros por mês ou 300 euros anuais.

Na energia e gás natural, recorrer ao simulador da ERSE pode revelar fornecedores mais económicos. Uma simples mudança de comercializador pode gerar uma poupança mensal de dezenas de euros.

Renegoceie o seu crédito

Outra grande fatia do rendimento das famílias é ainda destinada ao crédito bancário, sobretudo empréstimos para a compra de casa.

Se nos últimos tempos não renegociou o seu contrato com o banco, pode estar a pagar um valor mais elevado do que poderia pagar com as condições atualmente praticadas. Se é o caso, pode tentar melhorar as condições junto da instituição de crédito onde contratou o seu crédito habitação ou transferi-lo para uma nova entidade.