
Os dois meses de férias que muitas crianças têm tornam-se muitas vezes um peso para os pais que precisam de continuar a trabalhar e que, por isso, não têm toda a disponibilidade que as crianças precisam.
Assim, para garantir o equilíbrio entre férias das crianças e exigências dos pais há algumas estratégias que podem fazer a diferença:
1. Promova o convívio entre os pares
Promover momentos de convívio entre as crianças é essencial, as férias são longas e seja entre primos, amigos ou campos de férias, é absolutamente essencial garantir que as crianças continuam a desenvolver as suas competências sociais e a interagir de forma frequente com outras crianças;
2. Promova atividades ao ar livre e pouco estruturadas
Seja um piquenique, uma caminhada na natureza, ou fazer castelos com pedrinhas, por exemplo, as atividades menos estruturadas levam a criança a explorar a sua criatividade e a sua imaginação, fatores essenciais ao seu crescimento saudável;
3. Participar em férias desportivas
A atividade física é essencial para crescer e sintonizar corpo e mente. Por isso, ocupar parte do período de férias das crianças com atividades desportivas é uma excelente forma de promover o desenvolvimento de competências e o seu bem-estar;
4. Selecionar os estímulos digitais acessíveis às crianças
A estimulação a partir da tecnologia não deve ser a atividade principal de uma criança. Assim, nas férias é preferível optar por filmes ao invés de redes sociais ou de jogos digitais. Sempre que se opta por jogos são preferíveis os jogos educativos com menos nível de agitação e intensidade.
As férias são muitas vezes um desafio, lembre-se que as crianças podem ter períodos de aborrecimento ou de menos estimulação e isso não comporta um problema, pelo contrário, tende a levá-la a descobrir por si própria outras alternativas e a desenvolver a diversidade dos seus recursos internos. De qualquer forma, é natural que, por vezes, as crianças precisem da orientação do adulto para preencher o seu tempo de forma divertida e útil e é aqui que os pais podem fazer a diferença para tornar as férias das crianças um espaço mais leve, mais feliz e promotor de competências.
Um artigo das psicólogas clínicas Cátia Lopo e Sara Almeida, da Escola do Sentir.
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