
De acordo com um estudo da McKinsey & Company, mais de 1,3 milhões de postos de trabalho em Portugal terão de ser requalificados até 2030, impulsionados pela automação e pelo avanço da inteligência artificial generativa. Isto significa que cerca de 30% do mercado de trabalho nacional será impactado, exigindo novas competências, sobretudo tecnológicas e interpessoais. Este dado não representa apenas um alerta, é também uma janela de oportunidade para quem deseja reorientar a sua carreira.
Num mercado em constante transformação, a capacidade de adaptação tornou-se uma competência-chave, e é precisamente aqui que as chamadas “competências transferíveis” ganham destaque. Comunicação, resolução de problemas, pensamento crítico, trabalho em equipa, capacidade de aprendizagem contínua, são algumas das competências que atravessam setores e mantêm o seu valor, independentemente da área técnica.
Um profissional com experiência em atendimento ao público, por exemplo, traz consigo uma maturidade interpessoal que será uma mais-valia num futuro papel como técnico de suporte ou gestor de projetos em IT.
A transição para o sector tecnológico pode parecer um salto largo, mas a verdade é que muitos profissionais já têm mais bagagem do que pensam. O que falta, na maioria dos casos, é o domínio técnico que permita reorientar essa bagagem para uma nova função. É aqui que entra a formação certa, estruturada, prática e focada em empregabilidade.
Na Rumos, temos assistido a casos de sucesso, profissionais das mais variadas áreas, desde hotelaria à psicologia, da contabilidade ao ensino, que decidiram apostar numa nova direção. Fizeram-no com o suporte de programas de requalificação desenhados para valorizar o que já são, ao mesmo tempo que adquirem o que precisam de saber.
Mais do que formar para o digital, é necessário formar com propósito, ajudando os formandos a integrar o conhecimento técnico com os seus pontos fortes individuais. Porque quem sabe gerir equipas, comunicar eficazmente ou lidar com pressão, não está a começar do zero. Está a mudar de cenário, com competências que continuam a ser relevantes e valiosas.
Mudar de carreira exige coragem, sim. Mas, acima de tudo, exige visão. A capacidade de perceber que o que aprendemos ao longo da vida pode, e deve, acompanhar-nos na nova etapa. Com o apoio certo, essa transição deixa de ser um salto no escuro e passa a ser uma decisão estratégica.
Porque requalificar-se é, na verdade, evoluir. E na Rumos, acreditamos que ninguém parte do zero, parte-se do que já se é, para chegar mais longe.
Catarina Brandão - Student Success Assistant no Employability Hub da Rumos
Imagem de abertura do artigo cedida por Freepik.
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