Um comunicado hoje divulgado pelas duas entidades refere que a etiqueta energética das unidades portáteis de ar condicionado de classe A é equivalente à classe F dos sistemas fixos (50% menos eficientes), pelo que pedem uma etiqueta energética comum a todos os equipamentos.
No documento as associações assinalam que há em todo o mundo um aumento da procura de ares condicionados, prevendo-se que em 2050 existam entre 1,6 a 5,6 mil milhões de equipamentos.
Esses ares condicionados terão impactos ambientais assinaláveis, desde o aumento do consumo de eletricidade ao uso de gases de refrigeração que têm um elevado poder de aquecimento global, que pode ser quatro mil vezes superior ao do dióxido de carbono (CO2) e que pode ir para a atmosfera em situações de fuga ou mau manuseamento quando da reciclagem.
Na União Europeia os regulamentos criados há quase uma década levaram a uma poupança energética anual de 20 TWh (terawatt-hora) e o equivalente a oito milhões de toneladas de CO2, mas as medidas estão desatualizadas devido às inovações no setor, assinala o comunicado divulgado pela Zero, salientando que se forem adotadas novas versões dos regulamentos podem ser economizados na Europa cerca de quatro TWh por ano até 2030.
“A União Europeia deve deixar de proteger tecnologias ineficientes e concentrar-se na promoção de alternativas favoráveis ao clima”, defendem as organizações, que pretendem, além de um sistema comum de etiquetas energéticas para todos os aparelhos de ar condicionado, para evitar escolhas erradas dos consumidores, a promoção do uso de refrigerantes amigos do clima, que já existem, e a conceção de aparelhos mais duradouros.
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