“A espuma destacada nas notícias resulta da normal movimentação de sedimentos em depósito na área de intervenção da empreitada de Dragagem dos Fundos Adjacentes e Remoção dos Inertes da Zona de Atividades Logísticas (ZALI) do Porto de Aveiro, para Reforço do Cordão Litoral a Sul da Costa Nova”, refere uma nota da APA.

Segundo a APA, estes os sedimentos foram objeto de análises prévias, em conformidade com o quadro legal em vigor, tendo os seus resultados demonstrado tratar-se de “material sem contaminação ambiental ou perigo para o meio marinho”.

A APA realça ainda que mantém a fiscalização e monitorização contínua da empreitada, tendo já articulado com o consórcio responsável pela obra a implementação de "medidas de mitigação destinadas a evitar o espraiamento da espuma" na área portuária, designadamente a mobilização de uma embarcação dotada do equipamento necessário à sua recolha "célere e eficaz".

“Até ao início da operação de recolha da espuma, o prosseguimento dos trabalhos será efetuado de modo a que os sedimentos em depósito não entrem em contacto direto com a água, minimizando tal impacto”, refere a mesma nota.

No sábado, o Núcleo Regional de Aveiro da associação ambientalista Quercus denunciou uma descarga poluente de “grande dimensão” na ria de Aveiro.

Numa nota publicada na sua página da rede social Facebook, a Quercus/Aveiro refere que o foco de poluição foi detetado na quinta-feira.

“A espuma e os resíduos eram visíveis e ocupavam o canal entre o cais de São Jacinto, o Porto de Aveiro e a Barra”, descreveu na altura a associação ambientalista.

Para a Quercus/Aveiro, a situação afigura-se de "extrema gravidade", na medida em que o efluente "provém muito provavelmente de uma estrutura industrial existente na área”.

Os ambientalistas recolheram amostras da substância que foram enviadas para todas as autoridades competentes, tendo ainda sido contactados a Polícia Marítima e o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR.