“O impacto do coronavírus é imediato e terrível. Mas há outra emergência profunda, a crise ambiental do planeta. (…) Devemos agir de forma decisiva para proteger nosso planeta, tanto do coronavírus quanto da ameaça existencial das perturbações climáticas”, defendeu o líder da ONU.
“Os subsídios aos combustíveis fósseis devem terminar e os poluidores devem começar a pagar” pelos seus atos, afirmou, propondo ainda que “quando o dinheiro dos contribuintes for usado para resgatar empresas deve estar vinculado à obtenção de empregos verdes e ao crescimento sustentável”.
Num vídeo publicado na plataforma de partilha multimédia Youtube, Guterres sugeriu que “o poder (…) fiscal deve conduzir a uma mudança da economia cinzenta para a verde e tornar as sociedades e as pessoas mais resilientes”, recomendando igualmente que “os fundos públicos sejam usados para investir no futuro, não no passado, e fluir para setores e projetos sustentáveis que ajudem o meio ambiente e o clima”.
Por fim, o secretário-geral da ONU sustentou a ideia de que “as oportunidades e os riscos climáticos devem ser incorporados ao sistema financeiro, bem como a todos os aspetos da formulação de políticas públicas e de infraestruturas”. E para isso é preciso que a comunidade internacional trabalhe em conjunto, apelou.
“Devemos trabalhar juntos para salvar vidas, aliviar o sofrimento e diminuir as consequências económicas e sociais devastadoras”, salientou, para argumentar que estes “seis princípios constituem um guia importante” para se garantir uma melhor recuperação de uma crise que é também “um despertar sem precedentes”.
O Dia da Terra é comemorado a 22 de abril e destina-se a alertar para a importância de preservar os recursos naturais do planeta. Foi assinalado pela primeira vez há 50 anos e é atualmente celebrado em mais de 190 países.
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