Esta quinta-feira, estudantes de várias escolas secundárias e universidades invadiram o ministério da economia e do mar para denunciar os alegados lucros extraordinários que a indústria fóssil registou este ano. Durante a ação 6 ativistas foram retidas dentro do ministério e identificadas pela polícia, revela em comunicado a iniciativa "Fim ao Fóssil – Ocupa!".
"Ao mesmo tempo, não existe transição energética para mover a energia do setor fóssil para o setor renovável, assegurando um futuro sem colapso. Os 254 milhões de euros de diferença entre o primeiro trimestre de 2021 e o primeiro trimestre de 2022 nos lucros da GALP fazem-se à custa da destruição do presente e futuro. Estes lucros precisam de ser taxados e usados para colmatar a crise do aumento do custo de vida e assegurar um futuro sem combustíveis fósseis", informa a ação no nota enviada aos jornalistas.
"Para demonstrar a destruição incorporada nos lucros das empresas fósseis e a conivência do ministério da economia e do mar, enquanto estavam lá dentro, as estudantes largaram notas sujas de petróleo, exigindo a expulsão do ex-barão do petróleo e atual ministro da economia e do mar, António Costa e Silva", acrescenta o documento.
António Assunção, porta-voz da ação afirma que "estes lucros são feitos através da exploração, do aumento do custo de vida e do aumento dos preços da energia, não há justiça social na economia fóssil e o futuro não pode ser assim".
As estudantes envolvidas denunciam o dinheiro sujo que vai para os bolsos dos acionistas e não para uma transição justa e investimentos na educação. "É preciso demitir os fósseis do governo, barões do petróleo que protegem os lucros das empresas, e não os interesses das pessoas. António Costa e Silva, FORA", lê-se na nota.
"Depois desta invasão as estudantes prometem fazer mais ações, realçando a assembleia aberta “Peço a Palavra” que juntará estudantes de todas as escolas que serão ocupadas, na praça José Fontana, este domingo às 11h00.
Esta onda de ação estudantil culminará nas ocupações do “Fim ao Fóssil: Ocupa!” (End Fossil – Occupy!) que começarão dia 7 de novembro em escolas secundárias e universidades em Lisboa, conclui a nota.
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