A venda de livros físicos cresceu em 2021, apesar do aumento dos preços. Segundo um estudo internacional da consultora GfK, divulgado esta tarde, as livrarias portuguesas venderam mais 16,6% de obras impressas durante o ano transato. Ainda assim, a procura continua aquém dos valores pré-pandemia. A exceção vai para as novelas gráficas japonesas, que duplicaram as vendas. Os álbuns de banda desenhada, também em contraciclo, cresceram 72,7%.
"Em Portugal, durante o ano de 2021, o preço médio dos livros sofreu um ligeiro aumento, correspondente a mais 1,2%, sendo atualmente equivalente a 13,34 €", informa a GfK Portugal em comunicado de imprensa. "Pode, assim, aferir-se que a evolução positiva das vendas foi acompanhada de um aumento moderado dos preços médios, na maioria dos países inquiridos, devido também, em parte, ao aumento geral do custo de vida", refere a empresa de estudos de mercado.
Para além de Portugal, foram analisados os números das vendas na Alemanha, Bélgica, Brasil, Espanha, França, Holanda, Itália e Suíça. Em tempo de pandemia, o interesse da maioria dos leitores mudou. Os portugueses não foram exceção. "Os guias e os livros de não ficção sobre saúde, [com] conselhos sobre temas relacionados com a vida, a psicologia e os assuntos esotéricos, tiveram, na maioria, um desempenho acima da média", revela ainda a GfK. "Uma tendência também verificada foi o consumo de livros infantojuvenis, que registaram um crescimento médio acima dos níveis do mercado dos livros no geral, mais 21%", informa este organismo.
"Paralelamente, o consumo de livros de youtubers conquistou, igualmente, uma grande popularidade no ano de 2021, particularmente entre os públicos mais jovens", refere a consultora. Dos mercados analisados, o francês foi o que registou um maior aumento, com um crescimento de 21,2%. Em segundo lugar, surge o brasileiro, com 18,8%. O terceiro lugar da lista é ocupado pelo mercado espanhol, com um aumento de 16,3%. O alemão não foi além dos 2,9%.
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