Seis pessoas foram detidas em setembro, no norte da França, após uma série de ataques realizados por ativistas dos direitos dos animais contra lojas e restaurantes que vendem carne, peixe e outros produtos de origem animal. No entanto, apenas dois foram condenados a penas de prisão.

O julgamento é o primeiro do género em França, segundo os advogados assistentes no processo. Os arguidos, um homem de 23 anos chamado Cyrile e uma mulher de 29 anos de nome Mathilde, foram acusados e considerados culpados pelo crime de dano contra o património.

Ficou provado em tribunal que os dois partiram janelas e incendiaram lojas, talhos e restaurantes no norte de França. Entre maio e agosto, pelo menos nove estabelecimentos na cidade de Lille e arredores, incluindo uma loja de queijos e um McDonald's, foram afetados pelos atos de vandalismo.

Os danos foram estimados em "milhões de euros", segundo a agência de notícias France Presse.

Apesar de condenados a penas de prisão, é provável que o casal opte por fazer trabalho comunitário, uma vez que a lei penal francesa permite que penas inferiores a dois anos sejam substituídas por pagamento de multa ou trabalho comunitário.

Os ativistas pertencem a um movimento que se descreve como "anti-especicista", ou seja, rejeita a ideia de que os humanos estão no topo da hierarquia da cadeia alimentar.

Dois outros acusados, incluindo uma mulher cúmplice nos ataques, foram condenados a penas suspensas de seis meses de prisão.