O primeiro retorno de Saturno acontece entre os 28-30 anos, idade caracterizada por tomadas de decisão e o assumir de responsabilidades, em áreas cruciais como a da carreira, a do casamento e/ou filhos. Tratando-se de Saturno, este ciclo será pontuado por responsabilidade, maturidade, disciplina e ambição. Nem todos temos Saturno no mesmo local do horóscopo nem a reger a mesma área de vida, onde ele está é sabido que será onde nos teremos que empenhar já que a sua posição sugere sempre onde teremos mais trabalho. Em comum todos iremos sentir estas como fases de ajustes de vida.

São épocas da vida em que nos encontramos a avaliar a estrutura da nossa vida social, financeira, o que já fizemos e o que ainda ambicionamos, aquilo que já nos faz sentir seguros e a autoridade que detemos versus a que confrontamos. A grande questão é sempre se queremos manter o “statu quo” ou se ao contrário nos deveríamos “arriscar” a encetar outro caminho mais de acordo com o que sentimos ser o nosso verdadeiramente, o “chamado” ou vocação. Não sem se pesar as responsabilidade e riscos. Nestas alturas deveríamos ter em mente uma questão; se este é o caminho que acreditamos e sentimos ser por aquele que estamos dispostos a trabalhar arduamente.

Após o 1º retorno de Saturno e durante os 30 anos que se seguem vamos tendo oportunidade de rever, cimentar ou realinhar as decisões tomadas. Enquanto caminhamos para segundo retorno quando, uma vez mais tudo será avaliado e pesado.

A cada 7 anos vivemos uma nova "tensão" um período dinâmico, que poderá trazer velhas questões. Períodos estes a serem aproveitados como uma oportunidade para revisão do plano que iniciámos aos 30; entre os 35-37 anos, na 1ª quadratura. O reflexo desta tensão poderá surgir como uma fase meio irritante que nos leva a ponderar sobre aonde nos levaram as decisões de há 7 anos, esta será a 1ª oportunidade de emendar a mão, caso seja necessário ou a ser reconhecidos pelo trabalho desenvolvido e abarcar maiores responsabilidades.

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Seria bom ter presente que daí a mais 7 anos, entre os 42-44 anos, estaremos a viver a oposição; o auge do que poderá ser de um conflito ou da consagração. No 1º caso o do conflito; o que se adiou, continua a ser um foco de ansiedade e, volta ao presente ainda como maior persistência e peso. O mesmo peso com que temos vindo a resistir à mudança.

Nesta idade estaremos no início da chamada crise da meia-idade já aqui falada em artigos anteriores, para muitos sentida como a derradeira oportunidade para se fazer o que se deixou de… e adiou até ali, de repente ficamos conscientes de que o tempo não pára e que metade já lá vai.

Por isso aos 49-51 anos, a ansiedade daqueles que nesta altura ainda não se revirem no que fazem, será enorme e estarão mais pressionados do que nunca, agora que se caminha para a derradeira quadratura. Quando o confronto do indivíduo consigo é duro e exigente, socialmente as mudanças de vida não são apoiadas. Estas tensões por vezes acabam por degenerar em doenças fruto do sucessivo e continuo ignorar das necessidades próprias. Outros haverão que estarão a gozar o apogeu das suas carreiras com vidas estruturadas como planearam, usufruindo da estabilidade e respeitabilidade que entretanto angariaram, a sensação de dever cumprido. A prepare agora os seus 56-58 anos e a continuidade dos projectos que acalentam, com a sabedoria que entretanto detêm. Na rota para o terceiro retorno que cada vez mais se vem apresentando como uma idade em que se abraçam os planos mais ambiciosos, a maior ameaça nesta altura é o deixar o tempo passar e não pôr em prática o plano, seja ele qual for.

Ana Cristina Corrêa Mendes

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