São oriundas de zonas quentes e húmidas da Índia, da Malásia e das Filipinas. "As alocasias são plantas espetaculares, com os seus caules compridos e com as suas folhas grandes e brilhantes. Existem muitas variedades com folhas de vários tamanhos e várias cores e todas elas são muito ornamentais. São umas ótimas plantas para ter no interior de casa", elogia Teresa Chambel, arquiteta paisagista, blogger, autora de livros de jardinagem e diretora da revista Jardins.
"É uma planta tropical e, não sendo das mais fáceis de cuidar, também não é das mais complicadas", assegura a especialista, que deixa de seguida uma série de conselhos. "Plante-a sempre num vaso com uma boa drenagem e com uma camada de argila expandida e geotêxtil. Use um substrato universal ou para plantas de interior", aconselha ainda. Esta variedade botânica gosta de zonas com muita luz. "Mas não aguenta o sol direto", ressalva também Teresa Chambel.
"Aguenta, no máximo, algumas horas de sol fraquinho do inicio da manhã", sublinha. "Precisa de ter o substrato sempre ligeiramente húmido mas nunca encharcado. Deve regar quando notar que, à superfície, o substrato começa a secar. Regue abundantemente mas se, por baixo no prato, sair água, não a deixe ficar. Escorra-a", recomenda a autora dos livros de jardinagem "Um jardim dentro de casa" e "Um jardim para cuidar", publicados pela editora A Esfera dos Livros.
São muitas as variedades que existem, sendo a zebrina uma das preferidas de Teresa Chambel. "Esta planta precisa de ter as folhas com alguma humidade. Limpá-las com um pano húmido ajuda e pulverizá-las, pelo menos uma vez por semana, com água da chuva ou com água destilada, também", afirma a diretora da revista Jardins. "Esta limpeza, que deve ser semanal, ajuda a que estas partes da planta tenham menos pragas e doenças", sublinha ainda a especialista.
A alocasia não gosta de estar em zonas sujeitas a correntes de ar e também não aguenta o frio. "A temperatura ideal oscila sentre os 18º C e os 22º C", informa a paisagista. Na primavera e no verão, deve ser fertilizada mensalmente. "Eu, normalmente, uso adubo liquido na água da rega ou recorro a barras nutritivas", confessa. "Devem ser transplantadas na primavera, quando começarem a dar sinais de que não se conseguem desenvolver bem", esclarece.
"Quando tal sucede, as folhas tendem a cair, as folhas apresentam-se pequenas e os caules muito compridos, estiolados", refere a especialista. Apesar de ser muito resistente a pragas e doenças, também não vale a pena facilitar. "Se as folhas começarem a cair, pode ser sinal de calor ou de secura a mais", avisa Teresa Chambel. "Se as folhas ficarem com as pontas castanhas, pode ser luz a mais ou humidade a menos", informa ainda a blogger de jardinagem portuguesa.
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