A 13.ª edição do Millennium Festival ao Largo (MFaL) fica marcada pelo regresso ao Largo de São Carlos e pela nova cor da fachada do Teatro Nacional de São Carlos. Um enquadramento agora azul, que recupera o tom original, e que será também cenário para o espetáculo produzido pelos Estúdios Victor Córdon, a grande novidade desta edição.
Deste modo, a programação dos espetáculos deste ano é assinada por Elisabete Matos (Diretora Artística do Teatro Nacional de São Carlos), Sofia Campos (Diretora Artística da Companhia Nacional de Bailado) e por Rui Lopes Graça (Coordenador dos Estúdios Victor Córdon).
À semelhança do ano passado, haverá transmissão via streaming de espetáculos integrados na programação, através dos canais digitais do Festival e do patrocinador principal, Millennium bcp. O Lisbon Marriott é também o hotel oficial do 13º Festival ao Largo.
Todos os espetáculos do Festival ao Largo são apresentados por Jorge Rodrigues.
MÚSICA
O Festival inicia-se com a Orquestra Sinfónica Portuguesa (OSP) num programa intitulado “Batidas do Destino”, que reúne obras de Manuel de Falla e Ludwig van Beethoven. O meio-soprano Cátia Moreso e a maestrina Joana Carneiro apresentam-se nos dias 9 e 10 de julho.
Na semana seguinte, também sexta-feira e sábado (dias 16 e 17), a OSP volta a subir ao palco, agora da sala principal do Teatro Nacional de São Carlos – é o único programa que não é apresentado no Largo, por razões de distanciamento entre os muitos artistas – acompanhada do Coro do Teatro Nacional de São Carlos (Coro TNSC), sob direção de Antonio Pirolli, para interpretarem um programa de música para cinema.
Nos dias 12, 13, 14 e 15 é a vez de quatro agrupamentos convidados, com propostas e estilos muito distintos: Ensemble Darcos, Orquestra Sinfónica do Conservatório Regional de Artes do Montijo (CRAM), ensemble liderado por António Saiote, e Lusitania V.
O Ensemble Darcos apresenta um ciclo de canções a partir de poemas de José Luís Peixoto, com voz de Maria João e direção musical e composição de Nuno Côrte-Real.
O CRAM, dirigido por Ceciliu Isfan, faz-se acompanhar do soprano Dora Rodrigues e do tenor Marco Alves dos Santos, para apresentar uma incursão da opereta austríaca à canção napolitana.
António Saiote (clarinete), Artur Caldeira (guitarra), Daniel Paredes (guitarra clássica) e Carlos Meireles (voz), convida-nos para uma noite de sentimentos musicais pautados pela tragédia e pela alegria, ao som de obras ibero-americanas, de onde se destaca Carlos Gardel.
O agrupamento Lusitania V (cordas e acordeão) parte do universo do fado, do fado canção e das guitarradas para as transportar para sonoridades e ambientes pouco percorridos.
DANÇA
Nos dias 22, 23 e 24, a Companhia Nacional de Bailado (CNB) reúne três espetáculos interpretados pelos seus bailarinos que integraram a temporada 2020-21: Shostakovitch Pas-de-Deux, coreografia de Yannick Boquin, O Canto do Cisne, coreografia de Clara Andermatt e In the Future, coreografia de Hans van Manen.
O Millennium Festival ao Largo 2021 encerra com o programa Território IV, produzido pelos Estúdios Victor Córdon, que apresenta excertos de Entity, coreografado por Wayne McGregor e uma nova criação do coreógrafo Shahar Binyamini (nome a anunciar).
O programa completa-se com a exibição de uma curta-metragem do realizador João Afonso Vaz. Este espetáculo acolhe e trabalha com 12 jovens bailarinos provenientes de escolas de dança de todo o país, cujo processo serve de plataforma para o início de carreiras.
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