
José Boavida teria completado 61 anos de vida este sábado, dia 23 de agosto. O ator morreu inesperadamente no dia 26 de janeiro de 2016, depois de ter sofrido uma "paragem cardiorrespiratória".
O artista, recorde-se, foi internado de urgência no Hospital Amadora-Sintra após ter caído no chão inanimado junto do seu carro, em Queluz, no início de janeiro de 2016.
Na altura, quando foi internado, especulou-se que podia ser um AVC. No entanto, o irmão Gabriel Boavida informou: "O Zé não sofreu nenhum AVC, nem enfarte, mas sim uma paragem cardiorrespiratória."
Enquanto ainda estava no hospital a lutar pela vida, a família emitiu um comunicado a agradecer aos profissionais de saúde que prestaram os primeiros socorros.
"A Família José Boavida vem por este meio agradecer toda dedicação, esforço e empenho dos 'profissionais' de Socorro dos Bombeiros Voluntários de Queluz bem como aos profissionais do INEM que prestaram socorro ao José António Boavida no fatídico dia oito do corrente mês. Que desempenharam as suas funções exemplar e escrupulosamente", disseram.
"[...] A todos eles e em particular os que lutaram incansavelmente pela vida do José António o nosso reconhecimento e agradecimento. [...] Queremos também deixar um louvor e agradecimento público ao serviço UCIP (Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes) que desde o primeiro dia tem sido um exemplo de excelência daquilo que é competência médica, quer na componente clínica quer na componente, não menos importante, de humanismo para com o doente e aos seus familiares", acrescentaram na época.
Dias depois, o agente do ator, Paulo Araújo, informou que José não resistiu às sequelas da paragem cardiorrespiratória e morreu no dia 26 de janeiro.
O ator deixou uma filha, Mariana Boavida, que na altura tinha 24 anos. Pouco tempo depois de a notícia da morte do pai ter-se tornado pública, Mariana fez uma publicação no Facebook para lhe fazer uma homenagem.
"É de coração partido em mil e um pedaços que escrevo este texto, mas faço-o pelo meu 'velho lobo do mar', pelo meu grande amor. O meu pai era um homem da cultura, um homem que respirava arte, um homem com ideais certos e bem definidos. Não era só ator e encenador, era também escritor e criador. O meu pai teve sempre mil e uma ideias a galoparem-lhe no peito, e sempre soube por onde não queria ir. O meu pai teve a sorte que poucos têm em vida... Teve uma homenagem sentida, sincera e merecida em vida. Teve uma homenagem onde esteve presente. Onde bebeu esse amor que todos nós lhe demos no ano passado. Que privilégio.
Que o meu pai saiba sempre o quanto foi amado por mim e por quem o quer bem. Que sempre foi admirado por colegas de profissão e pelas pessoas no geral. Não há ninguém que o substitua nem há ninguém que pare com esta dor imensa, mas conforta-me saber que tive o privilégio de ser sua filha, sua confidente, sua amiga, sua parceira de risadas e danças até altas horas.
Conforta-me saber o quanto ele foi amado e admirado. Que orgulho tenho eu no grande ser humano que ele foi. Cabe-nos a nós agora continuar a sua luta pela arte e contra as 'passadeiras vermelhas'. A vocês, amigos e colegas de profissão tenham-no como exemplo. Vivam a arte de forma pura e genuína. Não se deixem vergar. Lutem. Continuem a criar. Aos amigos recordem sempre a sua gargalhada que fazia os olhos brilhar e a sua sabedoria única. Que nunca lhe faltem aplausos, que nunca lhe faltem sorrisos. Que nunca seja esquecido."
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