Katia Aveiro foi uma das figuras públicas a comentar o vídeo da agressão de um homem a uma mulher, em Machico, Madeira, que se tornou viral nas redes sociais. Na sua página de Instagram, a irmã de Cristiano Ronaldo recordou a infância, também ela marcada pelo flagelo da violência doméstica.

"Quem conhece a história da minha família, principalmente da minha mãe, sabe que nós, filhos, presenciámos violência doméstica.

Era muito recorrente antigamente ver este tipo de situações. Homens que bebiam e praticavam violência contra as mulheres. Eu cresci no meio dessa violência", realçou na rede social.

"Isto acende alguns gatilhos, principalmente a quem presenciou este tipo de violência em casa. Felizmente eu já ultrapassei isto e acredito que os meus irmãos também", disse ainda.

Horas depois, eis que a personalidade voltou a manifestar-se sobre o assunto, lamentando os comentários às notícias que davam eco à sua história. Foram muitas as pessoas que a acusaram de estar a querer ganhar fama à conta do vídeo trágico, acusações às quais não conseguiu ficar indiferente.

Katia Aveiro responde à letra após ser acusada de se promover à conta de vídeo de agressões em Machico

Numa série de vídeos que partilhou nas stories do Instagram, Katia Aveiro fez questão de esclarecer o motivo pelo qual se mantém em silêncio na maioria das vezes em relação a assuntos que mexem com a sociedade, como foi o caso do vídeo da agressão. "Muitas vezes gostaria de falar, muitas vezes gostaria de fazer vídeos, mas a maturidade e a minha parte espiritual têm-me feito entender ao longo destes últimos anos que nem tudo vale, que nem sempre vale a pena falarmos", realça.

Katia afirma que cada vez que se posiciona tem de lidar com comentários negativos e maldosos. "A partir daí vem uma enxurrada de críticas ofensivas que os meus filhos leem e perguntam porque é que as pessoas têm tanta raiva da mãe, porque é que têm tanta raiva da avó, da tia Elma, do tio Ronaldo e na maioria das vezes nem sei responder...", reflete.

"Na verdade, para ser sincera, até sei responder, só que ao longo do tempo tenho entendido que o diálogo em casa é fundamental e que há coisas que nunca vou conseguir mudar", adianta.

Na visão da irmã de CR7, há um problema grave em Portugal. "A informação ficou mais rica, mas as pessoas ficaram mais pobres", argumenta. "As pessoas destilam ódio a troco de nada, só porque são frustrados, invejosos, vazios ou só porque sim", sublinha.

"Não fiz mal às pessoas, mas mesmo assim têm raiva se o Ronaldo ajuda, têm raiva se a gente tem dinheiro, se viaja, se sorri, se se posiciona, se compra uma bolsa, se se anda bonito, têm raiva, se a gente emagrece..." enumera.

Entretanto, questiona: "Qual a resposta para isto?"

"O problema está nas pessoas, não é em mim e na minha família. É nas pessoas, na sociedade. A mim preocupa-me a sociedade estar assim doente", confessa, notando que apesar de já estar acostumada a estes comentários, apenas se preocupa porque sabe que os filhos vão acabar por ler.

Assim, o seu objetivo ao expor estas pessoas na sua conta, na qual tem mais de um milhão de seguidores, é que estas ganhem consciência do "ódio que destilam" e que "sintam vergonha".

Por fim, Katia refere ainda que nunca se sentirá "diminuída" por ser irmã de Ronaldo, pelo contrário, até porque não poderia ter mais orgulho da família. Ainda assim, destaca, esta tem uma vida independente do craque, ao contrário do que muitos continuam a pensar.

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