Para começar, ninguém entendia quando dizia que ia comer um 'gelado', pois aqui, seja sorvete (mistura de água com fruta), ou gelado (aqueles cuja receita leva leite), tudo se chama sorvete.
Há alguma adaptação dos sabores dos sorvetes que possam ser mais populares pelos brasileiros, encontrando assim sorvetes de frutas estranhas, como o de jabuticaba, uma pequena fruta parecida em forma à nossa cereja escura, mas em nada no sabor.
Foi grande a surpresa verificar a quantidade destas gelatarias serem reconhecidas como artesanais, com o cuidado em incorporar nas receitas, unicamente ingredientes naturais sem corantes nem conservantes, até mesmo orgânicos. Estas gelatarias artesanais orgulham-se assim por servirem um produto de textura ímpar onde o brilho, a solidez e a cremosidade são características do melhor gelado que alguma vez já comi.
Os sabores podem ir variando mês a mês, chegando a haver casas que realizam sugestões dos clientes, mesmo as mais estranhas e bizarras. Passei a olhar para um gelado cada vez que o como de uma maneira diferente, sabendo que há muita coisa por detrás, os ingredientes de qualidade, as pesquisas e processos de fabricação, etc...
Não ficam atrás no sabor, os famosos picolés, gelados de pau, alguns de sabores inéditos, outros com recheios surpreendentes, evoluindo assim na sua categoria.
Estas gelatarias, na sua arquitectura de interiores, revelam também um ambiente descontraído, jogando com materiais naturais, como a madeira, o mosaico tosco, as lâmpadas penduradas com os fios eléctricos ao descoberto, tudo brincando com o rústico e natural.
São espaços relaxados e descontraídos que convidam a um chinelar de meio de tarde ensolarado.
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