Em causa, diz a porta-voz do grupo, estão os alunos das pequenas escolas das freguesias rurais, que não têm direito a uma refeição completa, por não existirem cantinas próprias nesses pequenos estabelecimentos de ensino, ao contrário do que acontece com a sede da Escola, situada na cidade da Horta.
"Pensamos que basta das nossas crianças terem para almoço apenas uma sopa, uma sandes e uma fruta", apontou Luísa Rodrigues, recordando que esta situação abrange "um universo de mais de 400 alunos" que frequentam as pequenas escolas à volta da ilha.
Segundo explicou a porta-voz do grupo, é necessário que a Secretaria Regional da Educação e Cultura reforce o quadro de pessoal da Escola António José d'Avila, para que a cantina possa fazer as refeições completas para todos os alunos da ilha.
"Sem uma clara aposta da tutela em reforçar os recursos humanos necessários para o bom funcionamento da cantina da escola, não será possível resolver o problema de origem", insistiu Luís Rodrigues, lembrando que "não há omeletes sem ovos".
Paula Decq Mota, encarregada de educação, lembrou, em declarações à Lusa, que "o Faial é a única ilha dos Açores onde esta situação acontece", o que considerou ser uma "discriminação inaceitável" que é necessário agora resolver.
A agência Lusa procurou obter uma reação da Secretaria Regional da Educação e Cultura, em relação a este caso, mas até ao momento não obteve qualquer resposta.
Este assunto já foi discutido na Assembleia Legislativa dos Açores, no plenário realizado no início de julho, o último antes das férias de verão, na sequência de uma proposta do PCP, que acabou chumbada pela bancada da maioria socialista.
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