Segundo os resultados divulgados na terça-feira na publicação "Effective Policies, Successful Schools" (Políticas Efetivas, Escolas de Sucesso), os alunos portugueses foram os únicos da OCDE que têm vindo a melhorar significativamente os seus desempenhos a Leitura, Matemática e Ciências.

No relatório que agrega os resultados que os alunos de 15 anos têm nos testes PISA (Programme for International Student Assessment), desde 2010, Portugal destaca-se por ser o único país da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) que conseguiu que os seus alunos "melhorassem significativamente" os seus conhecimentos ao longo dos anos a Leitura, Matemática e Ciências.

“Estes resultados são ainda mais admiráveis quando constatamos, e corroborado pelo referido relatório, que as escolas portuguesas têm sistemas de internet lentos, plataformas de ensino pouco eficazes e uma enorme falta de funcionários nas escolas”, sublinha o sindicato em comunicado.

Esta é uma das lacunas apontadas pela OCDE, que refere que apenas um em cada três alunos em Portugal em 2018 frequentava escolas onde a internet era rápida ou existia uma plataforma de ensino online.

Por outro lado, o relatório destaca ainda que é nas escolas portuguesas onde mais se sente a falta de recursos humanos, sendo que Portugal surgem em terceiro lugar na lista de países onde os diretores mais lamentam a falta de profissionais.

Em reação aos dados divulgados na terça-feira, o SIPE acrescenta ainda que, a par da falta de profissionais (professores, assistentes técnicos e operacionais) as escolas enfrentam ainda o problema de uma classe docente envelhecida, mas nem por isso deixam apresentar bons resultados.

“Apesar do corpo docente extremamente envelhecido e da perda contínua de autoridade e prestígio, os docentes portugueses continuam a dar, consecutivamente, provas de um grande profissionalismo e entrega à profissão”, referem os representantes dos professores.