Existem vários equipamentos de radiofrequência. Um dos mais evoluídos é o Accent, que usa uma combinação dos dois tipos de radiofrequência existentes, a unipolar e a bipolar. "A frequência bipolar atua a um nível mais superficial, na derme, permitindo uma compactação e remodelação das fibras de colagénio e uma estimulação das células da derme, os fibroblastos, de forma a que aumentem a sua produção de colagénio tipo I e III e de elastina", esclarece a dermatologista Manuela Cochito.
A frequência unipolar, por seu lado, "atua mais em profundidade, a nível da hipoderme [camada adiposa], compactando a gordura e ajudando a diminui-la", explica. É da conjugação destes dois tipos de ondas que resultam os melhores resultados. "A nível da celulite, fazem-se primeiro várias passagens com a sonda unipolar para atuar na gordura", exemplifica. "De seguida, várias passagens com a sonda bipolar para dar maior firmeza à pele e diminuir o aspeto casca de laranja", refere.
"No rosto, em que o objetivo é, sobretudo, dar firmeza e não destruir gordura, já se trabalha maioritariamente com a bipolar, que provoca a retração dos tecidos, diminuindo, assim, as rugas e a flacidez", acrescenta ainda a especialista. O aquecimento produz-se de dentro para fora e não no sentido inverso, como ocorre com outras técnicas tradicionais, como é o caso das mantas elétricas e dos duches de pressão. Com o aumento da temperatura, desencadeia-se uma sucessão de efeitos:
- Aumenta a circulação na zona. O que favorece o correto funcionamento do tecido subcutâneo e se traduz num melhor aspeto da epiderme, que rejuvenesce.
- Favorece a drenagem linfática, mediante a qual se mobilizam todos os excessos e gorduras contidos nos adipócitos e outras toxinas do organismo, favorecendo a sua evacuação através da urina.
- Estimula-se a formação de novo colagénio, o que por sua vez aumenta a espessura da epiderme e todo o conjunto da pele ganha firmeza.
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