Não são muitos os registos históricos que nos permitem comprovar a existência remota da ementa, aquela lista imprescindível quando, sentados à mesa do restaurante, nos propomos a escolher a composição da refeição.

Certo é que em 1718 já circulavam algumas ementas em restaurantes europeus. No princípio do século XIX, surgem as primeiras ementas nos restaurantes parisienses do Palais-Royal . Surge, então, a ideia de fazer para os clientes reproduções gratuitas das listas fixadas na porta do estabelecimento.

As ementas começam a proliferar nos pequenos estabelecimentos, enquanto nos grandes vão-se simplificando. De início eram ementas-dicionários com uma pormenorizada lista de acepipes. Cem sopas, trezentas entradas, duzentos assados, duzentos a trezentos vinhos. Na realidade era mais a aparência do que a oferta, uma vez que o número de pratos requisitáveis se cingia a poucas dezenas.

A ementa era um objecto de arte, sofrendo os contributos de grandes criadores que lhe emprestavam o seu génio: Toulouse-Lautrec, Manet, Picasso...
Até ao início do século XX eram poucos os pratos dietéticos que compunham as ementas, com os legumes, lacticínios, alimentos frescos, entre outros, a serem omitidos.
As modernas tendências de alimentação vieram rectificar essa falha.