Fugu ou Peixe Balão

Só após três, ou mais anos de treino, um cozinheiro estará apto a preparar e apresentar à mesa este peixe cujo consumo pode conduzir à morte. Um treino de preparação para isentar a espécie do veneno mortal, a tetrodotoxina (até cem vezes mais poderoso que o cianeto), para o qual não há antídoto. Ingerir a pele, os ovários, os gônadas e o fígado desta espécie é a certeza de uma morte dolorosa. Os apreciadores da carne delicada e isenta de gordura deste peixe pagam algumas centenas de dólares por uma refeição. A comercialização de fugu em restaurantes é estritamente controlada pela lei japonesa.

Fugu
Fugu créditos: Wikimédia Commons

Castanha de caju

Não estranhe, este fruto seco encontra-se na lista dos alimentos mortais. Mas, atenção, o perigo reside no alimento a cru. Os cajus aparentemente “crus” que encontramos nos lineares das grandes superfícies foram tratados (vaporizados) para remover o urushiol, uma substância que também é encontrada na hera venenosa. Concentrações elevados de urushiol podem ser fatais.

Castanha de caju
Castanha de caju créditos: Wikimédia Commons

Hákarl, carne apodrecida de tubarão

Este petisco comum na Islândia provém de uma espécie de tubarão existente nas águas frias do Ártico, o Tubarão-da-Gronelândia. Esta espécie, dado não possuir rins, nem sistema urinário, excreta as toxinas do corpo diretamente através da pele. A carne de Hákarl é curada com um processo de fermentação especial, semelhante ao apodrecimento, enterrada e desenterrada várias vezes e pendurada a secar por cinco a seis meses. Este prato é servido com pão de centeio.

Hákarl
Hákarl créditos: Wikimédia Commons

Pangium edule, ou fruta do futebol

Trata-se de uma fruta doce e aromática, nativa do leste da Ásia, mais concretamente da Malásia. Requer uma preparação complexa para eliminar o Cianeto de Hidrogénio, um veneno. Sucintamente, deve ferver-se as sementes sem as cascas, depois enterrá-las envoltas em folhas de bananeira, cinza e terra, por 40 dias. No final deste processo são uma excelente fonte de vitamina C e ferro.

Pangium edule, ou fruta do futebol
Pangium edule, ou fruta do futebol

Amêijoa de Sangue

Cultivada no Sudeste Asiático, a Amêijoa de Sangue cunhou o nome devido à hemoglobina dentro de seus tecidos moles. Estas espécies vivem em ambientes com baixo teor de oxigénio e alimentam-se de vírus e bactérias, incluindo hepatite A, hepatite E, febre tifóide e disenteria. O tradicional método de confeção de moluscos em Xangai, na China, é apenas a ebulição rápida, que não destrói os organismos patogénicos.  Esta espécie de amêijoa é responsável por elevadas taxas de infeção entre as populações que a ingerem. Quem as prova, afirma que possuem um sabor delicado.

Amêijoa de sangue
Amêijoa de sangue

Bagas de sabugueiro

De aspeto delicioso, as bagas de sabugueiro desenvolvem-se em todo o mundo. As suas folhas, sementes e ramos contêm cianureto. As bagas devem ser consumidas apenas quando estão maduras e devidamente cozidas. Caso contrário, pode ocorrer diarreia grave e convulsões.

Bagas de sabugueiro
Bagas de sabugueiro

Ackee (fruta da árvore jamaicana “sempre verde”)

O Ackee, fruto nacional da Jamaica, provém da árvore “sempre verde” (nativa da África Ocidental), como é conhecida naquele país das Caraíbas. A ingestão do Ackee pode causar a doença do vómito da Jamaica, devido a toxinas presentes no fruto. Para evitar dissabores no consumo, as sementes negras devem de ser removidas, comendo-se somente a polpa quando madura.

Ackee
Ackee créditos: Wikipédia Commons