Fugu ou Peixe Balão
Só após três, ou mais anos de treino, um cozinheiro estará apto a preparar e apresentar à mesa este peixe cujo consumo pode conduzir à morte. Um treino de preparação para isentar a espécie do veneno mortal, a tetrodotoxina (até cem vezes mais poderoso que o cianeto), para o qual não há antídoto. Ingerir a pele, os ovários, os gônadas e o fígado desta espécie é a certeza de uma morte dolorosa. Os apreciadores da carne delicada e isenta de gordura deste peixe pagam algumas centenas de dólares por uma refeição. A comercialização de fugu em restaurantes é estritamente controlada pela lei japonesa.
Castanha de caju
Não estranhe, este fruto seco encontra-se na lista dos alimentos mortais. Mas, atenção, o perigo reside no alimento a cru. Os cajus aparentemente “crus” que encontramos nos lineares das grandes superfícies foram tratados (vaporizados) para remover o urushiol, uma substância que também é encontrada na hera venenosa. Concentrações elevados de urushiol podem ser fatais.
Hákarl, carne apodrecida de tubarão
Este petisco comum na Islândia provém de uma espécie de tubarão existente nas águas frias do Ártico, o Tubarão-da-Gronelândia. Esta espécie, dado não possuir rins, nem sistema urinário, excreta as toxinas do corpo diretamente através da pele. A carne de Hákarl é curada com um processo de fermentação especial, semelhante ao apodrecimento, enterrada e desenterrada várias vezes e pendurada a secar por cinco a seis meses. Este prato é servido com pão de centeio.
Pangium edule, ou fruta do futebol
Trata-se de uma fruta doce e aromática, nativa do leste da Ásia, mais concretamente da Malásia. Requer uma preparação complexa para eliminar o Cianeto de Hidrogénio, um veneno. Sucintamente, deve ferver-se as sementes sem as cascas, depois enterrá-las envoltas em folhas de bananeira, cinza e terra, por 40 dias. No final deste processo são uma excelente fonte de vitamina C e ferro.
Amêijoa de Sangue
Cultivada no Sudeste Asiático, a Amêijoa de Sangue cunhou o nome devido à hemoglobina dentro de seus tecidos moles. Estas espécies vivem em ambientes com baixo teor de oxigénio e alimentam-se de vírus e bactérias, incluindo hepatite A, hepatite E, febre tifóide e disenteria. O tradicional método de confeção de moluscos em Xangai, na China, é apenas a ebulição rápida, que não destrói os organismos patogénicos. Esta espécie de amêijoa é responsável por elevadas taxas de infeção entre as populações que a ingerem. Quem as prova, afirma que possuem um sabor delicado.
Bagas de sabugueiro
De aspeto delicioso, as bagas de sabugueiro desenvolvem-se em todo o mundo. As suas folhas, sementes e ramos contêm cianureto. As bagas devem ser consumidas apenas quando estão maduras e devidamente cozidas. Caso contrário, pode ocorrer diarreia grave e convulsões.
Ackee (fruta da árvore jamaicana “sempre verde”)
O Ackee, fruto nacional da Jamaica, provém da árvore “sempre verde” (nativa da África Ocidental), como é conhecida naquele país das Caraíbas. A ingestão do Ackee pode causar a doença do vómito da Jamaica, devido a toxinas presentes no fruto. Para evitar dissabores no consumo, as sementes negras devem de ser removidas, comendo-se somente a polpa quando madura.
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