Quantas vezes pensamos que se não fossem as nossas emoções, a nossa vida seria perfeita? Por outro lado, também sabemos que as emoções fazem parte do ser humano e contribuem para que a vida tenha sentido.

A grande questão é: como lidar com as flutuações emocionais? Como controlar emoções de forma a que estas não nos controlem a nós? Queremos sentir adrenalina, queremos sentir paz, queremos alegria. Não queremos sentir raiva, tristeza ou angústia.

Contudo, estas e outras emoções fazem parte do nosso dia a dia. Pensar que será possível mantermo-nos sempre alegres, felizes, tranquilos ou até com muita adrenalina, não é viável. Também as outras emoções nos pertencem e será utopia imaginar que um dia conseguiremos ultrapassar e controlar tudo de tal forma que deixemos de ser humanos.

Nada disso se pretende. Deveremos começar por aceitar cada um dos nossos estados. Permitirmo-nos chorar e rir, sentir calmos ou agitados, tristes ou alegres sem que isso nos faça sentir piores ou melhores pessoas. Deveremos aceitar quem somos e que todas as emoções são vida.

Mantermos o equilíbrio emocional, torna-se, assim, um verdadeiro desafio.Hoje em dia falamos, ainda, em variadas formas de controlarmos as manifestações, em sermos sermos positivos e em mudar a forma como olhamos para nós próprios.

Nos dias de hoje falamos em desenvolvimento pessoal, em crescimento espiritual, tornando estes conceitos aspiracionais e as emoções algo mais mundano e destabilizador.

Queremos mudar. Queremos evoluir. Mas como alterarmos estados sem aceitá-los?

A Meditação poderá ser uma boa ajuda

O auto conhecimento contribui para uma auto gestão emocional saudável, não para deixarmos de sentir, mas para não permitirmos que se tornem algumas emoções tão prolongadas e controladoras, que sufoquem a evolução desejada ou simplesmente para manter a vida mais equilibrada.

No meio de tantas técnicas, quanto mais nos cingirmos à simplicidade mais facilmente atingimos os objetivos.

A meditação consiste em práticas que envolvem essencialmente níveis elevados de concentração e relaxamento. Os benefícios, já comprovados cientificamente, quando a prática acontece regularmente , são notados em poucas semanas. O descanso físico, mental e emocional, o aumento da capacidade de concentração, a melhoria da autoconfiança e auto estima, a redução da ansiedade, através de uma respiração mais equilibrada e profunda; a melhoria da oxigenação e frequência cardíaca, assim como a clareza mental, objetividade, paciência e compreensão são fatores resultantes desta prática.

Quando nos sentimos mais equilibrados, a possibilidade de emanarmos estes benefícios torna-se cada vez mais visível, contagiando tudo e todos em nossa volta e atraindo sensações mais positivas e confortáveis.

Nos momentos resultantes da meditação em que em conseguimos equilíbrio emocional, não permitimos que a mente e as emoções se percam diante do desafio ou adversidade.

Entendermos isto é fundamental para compreendermos o tamanho real de cada situação evitando comportamentos despropositados que possam ocorrer de um descontrolo emocional e canalizando melhor a nossa energia para a resolução. A meditação tem ajudado muitas pessoas a aumentar os níveis de auto–conhecimento, despertando a consciência ou ajudando a libertar sofrimento, sendo este impedimento a uma melhor qualidade de vida.

Mais do que teorizar, vamos meditar?

Texto: Brahmi Welness