Quer fisicamente, quer mentalmente, a atividade física revela grandes benefícios. Apresenta-se como um forte meio de prevenção de doenças, sendo também, na visão dos governos, um dos métodos com melhor custo-efetividade na promoção da saúde de uma população.

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O sedentarismo é o maior fator de risco para desenvolver dor crónica, uma doença causadora de níveis altos de morbilidade, absenteísmo e incapacidade temporária ou permanente, tendo um grande impacto na qualidade de vida do doente.

Por outro lado, traduz-se também em custos extra para o sistema de saúde. Custos estes, que estão na ordem dos 4 mil milhões de euros por ano. É fundamental e premente investir o máximo possível no controlo e prevenção desta doença, já que infelizmente as terapêuticas farmacológicas, embora importantes, são claramente insuficientes para controlar estas condições.

Atualmente, a população começa a estar mais consciente dos benefícios do exercício, nomeadamente a prática da corrida, o andar de bicicleta e a afluência ao ginásio. Ainda assim, e segundo dados recentes da Organização Mundial de Saúde, os níveis de atividade física em Portugal são claramente insuficientes em todos os escalões etários. É necessário que todos tenham em mente que o exercício tem, de facto, uma função reguladora de vários sistemas fisiológicos do corpo, desde o sistema músculo-esquelético ao cardiovascular e circulatório ao sistema endócrino, passando pelo sistema neurológico e endócrino. Apresenta também uma influência determinante nos estados de humor e de ansiedade e nas capacidades cognitivas, memória, vitalidade e energia.

A APED com a campanha “Movimento para o Futuro” tem exatamente o objetivo desensibilizar a população para a adoção de comportamentos saudáveis com vista à proteção do sistema músculo-esquelético, prevenir e tratar estados de dor ligeira a moderada, e incentivar o movimento como forma de prevenção e tratamento desses estados. De uma forma simples e que chega facilmente a qualquer pessoa entende-se que a possibilidade de prevenir e melhorar esses estados de dor pode ser fácil e acessível a todos e só depende de cada um de nós.

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A atividade física está indicada e é acessível a todas as pessoas, seja a caminhar, a subir escadas, a andar de bicicleta, a nadar, a dançar ou a fazer jardinagem. Só o facto de evitar estar sentado por longos períodos já é um começo.

Segundo diretrizes internacionais todos deverão fazer pelo menos 30 minutos por dia de atividade física com esforço moderado. Em casos de dor preexistente é importante o aconselhamento especializado quanto aos esforços a realizar e aos que se tem de evitar.

Um artigo da médica Cláudia Armada, anestesiologista no IPO Lisboa, elemento dos Corpos Sociais da APED e co-responsável pelo projeto Movimento para o Futuro.

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