“É um absurdo que estas zonas cheguem a ter cerca de 40 armadilhas”, referiu Saúl Rosa, citado em comunicado, defendendo que é preciso “encontrar os autores deste crime que afeta não só a fauna local, mas também animais de companhia e coloca em risco a própria população”.
De acordo com o membro da comissão distrital do partido Pessoas - Animais - Natureza (PAN), a mortandade está a criar um desequilíbrio da fauna, pois já foram reportadas mortes de raposas, águias e mangustos.
“Acresce-se a agravante da crueldade de como os animais são mortos e, segundo as próprias investigações, é também usado um agrotóxico proibido em Portugal”, prosseguiu, apelando à vigília local para se evitarem mais mortes.
O PAN Algarve sublinha que, segundo a população local, estes envenenamentos ocorrem há cerca de duas décadas, lamentando que até à data pouco tenha sido feito “para evitar a continuidade destas atrocidades”.
Por esse motivo, acrescenta, foi solicitado diretamente às autarquias de Silves e Albufeira, no distrito de Faro, medidas preventivas imediatas que salvaguardem as pessoas e os animais dos locais afetados.
O PAN Algarve aproveitou ainda para enaltecer os esforços de investigação recentes por parte da GNR, e que resultaram na morte de um cão pisteiro daquela força de segurança, durante o processo de investigação aos crimes de envenenamento de animais.
O partido adiantou estar a efetuar diligências através da sua secretaria de ação jurídica e apelou a quem tenha informações para comunicar às autoridades ou ao PAN através do ‘e-mail’ distrital.faro@pan.com.pt, podendo fazê-lo de forma anónima.
“Não vamos descansar enquanto os autores deste crime não forem identificados e devidamente responsabilizados”, concluiu.
Os alegados envenenamentos terão provocado centenas de mortes nos concelhos de Silves e Albufeira, depois de os animais ingerirem carne contaminada colocada em armadilhas.
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