Na primeira semana do ano havia 325 casos ativos de doenças diarreicas na província de Manica, que desceram para 250 na última semana, aguardando as autoridades por uma nova atualização.
“Os casos que temos registado são de várias fontes” e há a confirmação de casos de cólera numa zona vizinha, na província de Sofala, disse hoje à Lusa o chefe de departamento de saúde pública no Serviço Provincial de Saúde, Nuno Horácio.
“Um único caso pode espalhar a doença”, referiu, justificando a prontidão das autoridades ao preparar centros de tratamento nos 12 distritos de Manica.
Os centros são zonas de tratamento com camas, equipamento e medicamentos dedicados para doentes de cólera e outras doenças ligadas à época das chuvas.
No âmbito das medidas de prevenção foram identificados locais disponíveis para a instalação de tendas para abrigar os centros e foi feito o levantamento das necessidades de pessoal médico.
Surtos de cólera e outras doenças diarreicas surgem sazonalmente em Moçambique durante a época das chuvas, de outubro a abril, devido à falta de saneamento básico.
O Ministério da Saúde anunciou na segunda-feira que o número de mortes por cólera no país subiu para 16 na atual época chuvosa, de um total de 1.376 casos localizados sobretudo na província nortenha do Niassa.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, manifestou-se, no domingo, preocupado com o surto, pedindo que se “redobrem os cuidados”.
A cólera e outras doenças diarreicas são tratáveis, mas podem provocar a morte por desidratação se não forem prontamente combatidas.
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