O chefe da Divisão de Ligação de Assuntos Policiais e Relações-Públicas dos Serviços de Polícia Unitários da região chinesa disse que as autoridades emitiram hoje, até às 15:00 locais (08:00 em Lisboa), avisos a 429 pessoas por violarem as medidas de controlo da pandemia.
Desde segunda-feira, as forças de segurança enviaram ainda para o Ministério Público 25 casos de pessoas suspeitas de violarem as restrições, acrescentou Cheong Kin Ian.
São pessoas que não usaram máscara “quando saíram, usaram máscara diferente da ordenada ou se sentaram para lazer, deram um passeio ou correram sem necessidade nos espaços públicos”, referiu o Ministério Público.
A violação destas regras pode ser punida com uma pena de prisão de até dois anos ou até 240 dias de multa.
Em processo sumários, o Tribunal Judicial de Base condenou hoje cinco pessoas, entre os quais quatro por fumarem na rua sem máscara.
Quatro dos arguidos terão de pagar multas entre 3.600 e 12 mil patacas (entre 440 e 1.500 euros), embora um deles tenha sido condenado a uma pena de prisão de seis meses, suspensa por dois anos.
A cidade registou nas últimas 24 horas 31 novos casos de covid-19, com 11 infeções detetadas fora das zonas já colocadas em isolamento.
Começa amanhã uma ronda de testagem massiva da população, a décima desde o início do atual surto de covid-19, que causou 1.675 infetados.
Leong Iek Hou, do Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus, disse que as empregadas domésticas que não vivem com os empregadores serão, a partir de sábado, adicionadas aos grupos de risco que serão testados todos os dias, após terem sido registados 95 casos neste grupo.
Toda a população de Macau está obrigada também a realizar testes diários antigénio e a carregar a imagem com o resultado para uma plataforma ‘online’.
Segundo um despacho do chefe do executivo, “todas as pessoas têm de permanecer no domicílio, salvo por motivos de trabalho necessário e compra de bens básicos para a vida quotidiana ou por outros motivos urgentes”.
Apesar da morte de um cão num edifício isolado, o chefe de serviço de urgência do Centro Hospitalar Conde de São Januário, Lei Wai Seng, reiterou que passear animais de estimação na rua não é considerada “uma atividade essencial”.
Ainda assim, Lei Wai Seng admitiu que as autoridades irão entrar em contacto com os veterinários locais, após estes se terem negado a entrar no edifício isolado, na quarta-feira.
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