“Neste momento, o que estamos a dizer aos nossos associados é que devem fazer a limpeza das suas viaturas, desinfetarem quantas mais vezes possível, lavarem as suas mãos, naturalmente, e gostaríamos também de ter desinfetantes para fornecer aos clientes, mas, como deve calcular, a indústria não tem capacidade de se mover para o fazer”, disse o presidente da Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (Antral), Florêncio Almeida.
“Mandámos um ofício ao Ministério da Saúde, para ver se há alguma sensibilidade da parte do Governo para fornecerem estes produtos, para podermos fornecer pelos táxis”, acrescentou.
O responsável salientou ainda que os produtos de higienização são “bastante caros e, para se distribuírem milhares de desinfetantes para que os clientes também possam desinfetar as suas mãos e para desinfetar o carro como deve ser, pode ser oneroso e o táxi não tem rentabilidade para isso”.
“Compete ao Governo também contribuir, porque é um problema de saúde pública”, considerou.
Numa nota, a Antral afirmou ter recomendado “a todos desinfetar as viaturas pelo menos uma vez por dia, em especial as superfícies e objetos de contacto frequente, como os puxadores das portas, o apoio dos braços, os cintos de segurança, etc., utilizando gel desinfetante”.
A associação realçou ainda a necessidade de cuidados extra na higiene pessoal dos utilizadores dos táxis, segundo as instruções da Direção-Geral da Saúde (DGS), lavando frequentemente as mãos, com água e sabão ou com uma solução à base de álcool e, quando espirrar ou tossir, fazê-lo tapando a boca com o braço ou um lenço de papel, que deve ser colocado imediatamente no lixo, evitando tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos.
“Para tornar a viagem de táxi ainda mais segura e confortável, aconselhamos a todos os taxistas que coloquem à disposição dos passageiros toalhetes desinfetantes ou gel desinfetante”, acrescentou.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença COVID-19 como pandemia, uma decisão que justificou com os "níveis alarmantes de propagação e de inação".
A pandemia de COVID-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados. Até ao momento, as escolas portuguesas mantêm-se abertas, exceto aquelas encerradas de forma casuística por ligação a casos confirmados ou casos suspeitos.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas. Ordenou também a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte, a mais afetada.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino, sobretudo no Norte do país, assim como ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas.
Os residentes nos concelhos de Felgueiras e Lousada, no distrito do Porto, foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias. Um pouco por todo o país, centenas de eventos têm sido cancelados num esforço conjunto para travar a propagação do COVID-19.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.
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