Na conferência de imprensa diária de atualização da pandemia, Graça Freitas explicou que “às vezes coexiste” na mesma instituição um centro de dia para idosos e “um sítio especial para crianças”, situações que “têm que ser acauteladas”. “Nós temos falado muito em separação de circuitos para separar riscos, mas isto pressupõe que exista pessoal, quer em número suficiente, quer pessoal treinado para manter estas separações”, sublinhou.
A diretora-geral da Saúde adiantou que o país “paulatinamente” vai “voltando ao normal, treinando procedimentos e depois expandindo esses procedimentos para situações parecidas, mas com algumas coisas específicas”.
Esse é o plano genérico que existe e a Direção-Geral da Saúde está disponível para encetar com as “instituições que têm determinadas particularidades o diálogo que as ajude a aplicar regras gerais de separação”.
Relativamente às instituições particulares de solidariedade social (IPSS) que acolhem pessoas com deficiência, Graça Freitas disse que se aplicam, de um modo geral, todas as regras que já existem para outras instituições como creches e lares de idosos.
Mas, ressalvou, “há especificidades no tratamento e no acompanhamento destas pessoas que terão que ser os seus cuidadores e as entidades que gerem estas instituições a adaptar”.
A Direção-Geral da Saúde, além de fazer regras gerais, “está sempre disponível, obviamente, para dar informação adicional para certas situações específicas e particulares, nomeadamente quando se trata de população com deficiência”, reforçou Graça Freitas.
Sublinhou ainda que Portugal e outros países têm tomado decisões de saúde pública e de saúde individual em função da evolução da doença. “Neste momento estamos aparentemente noutra fase da epidemia. Vamos ver como é que vai ser a evolução nos próximos dias, nas próximas semanas em função também das medidas de desconfinamento progressivo que temos adotado”.
Portanto - sustentou - “temos estado a ser cautelosos neste desconfinamento para que a nossa vida volte à normalidade possível sem grandes repercussões na epidemia”, um “equilíbrio difícil”.
Portugal contabiliza 1.231 mortos associados à COVID-19, mais 13 do que no domingo, em 29.209 casos confirmados de infeção, mais 173, segundo a DGS.
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