A Alemanha e França tornaram esta semana obrigatório o uso de máscara cirúrgica ou respirador em áreas de comércio e transportes públicos. Algumas empresas também proibiram o uso de máscaras sociais, estando os colaboradores sujeitos ao uso de máscara cirúrgica ou respirador.
A Áustria foi mais longe e tornou obrigatório o uso de respiradores FFP2 em transportes públicos, lojas e empresas, farmácias, bem como em hospitais ou consultórios médicos.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) não vai, para já, alterar as recomendações relativamente ao uso de máscara em Portugal, informa o Jornal de Notícias.
Ao referido jornal, a DGS disse estar "a analisar as atuais recomendações relativas às medidas não farmacológicas de prevenção e controlo de infeção (como, por exemplo, a utilização de máscaras) à luz da última evidência".
No entanto, especialistas ouvidos por aquele órgão de comunicação recomendam o uso de duas máscaras, ou de uma máscara mais eficaz, especialmente em espaços fechados. "É uma questão de precaução e proteção", adverte Fausto Pinto, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC), ainda não existe evidência científica direta que permita emitir uma recomendação a favor ou contra a utilização de máscaras não cirúrgicas ou comunitárias pela população.
O uso de máscaras na comunidade constitui uma medida adicional de proteção, pelo que não dispensa a adesão às regras de distanciamento social, de etiqueta respiratória, de higiene das mãos e a utilização de barreiras físicas, tendo que ser garantida a sua utilização adequada.
A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.129.368 mortos resultantes de mais de 99,1 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 10.721 pessoas dos 643.113 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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